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terça-feira, 29 de agosto de 2017

O Caso Contra o Feijão e Outros Alimentos Contendo Lectinas Tóxicas

Feijões
27 de agosto de 2017.
 
Por Dr. Mercola
 
Embora os alimentos in-natura sejam saudáveis, há certos cuidados a serem considerados até mesmo neste campo. 

As Lectinas (que não devem ser confundidas com fosfolipídeo lecitina). São proteínas que se ligam a carboidratos que estão espalhadas no reino vegetal.
Estima-se que 30 por cento dos alimentos frescos contenham lectinas.
Até mesmo produtos derivados do leite contêm lectinas. A manteiga produzida com leite de animal alimentado com capim é uma exceção.
O leite derivado de animais alimentados com capim também possui uma quantidade menor de lectina que o leite derivado de animais alimentados com grãos, graças às maiores quantidades de SlgA, uma imunoglobulina que se liga às lectinas.  

As lectinas receberam este nome a partir da palavra em Latim “legere”, de onde a palavra “selecionar” deriva – e é isto exatamente o que elas fazem:
Elas selecionam (ligam-se a) estruturas biológicas específicas que lhe permitem causar danos, como parte do mecanismo de auto defesa da planta.
É a forma engenhosa da natureza de manter os inimigos naturais, tais como fungos e insetos, à distância.
Infelizmente, algumas destas glicoproteínas podem igualmente causar problemas em seres humanos.

As lectinas foram descobertas pela primeira vez nas cascas das sementes das mamonas, que contém a ricina lectina.
A ricina é tão tóxica que uma dose do tamanho de poucos grãos de sal pode matar um adulto se ingerida ou inalada.

O Paradoxo da Planta

O mais recente livro lançado pelo Dr. Steven Gundry, “The Plant Paradox: The Hidden Dangers in ‘Healthy’ Foods That Cause Disease and Weight Gain,” (O Paradoxo da Planta: Perigos Escondidos nos Alimentos ‘Saudáveis’ que Causam Doenças e Ganho de Peso) ganhou enorme atenção da mídia, reiniciando a discussão – e as preocupações – com relação às lectinas.
Gundry também concluiu um estudo sobre lectinas em humanos.

Muitas pessoas estão agora familiarizadas com os problemas relacionados ao glúten, porém as lectinas podem potencialmente ser tão problemáticas quanto ele. Isto não quer dizer que o problema não tenha controvérsias. Há muito ainda a se discutir.

Ainda assim, acredito que a questão das lectinas – lectinas tóxicas, para ser mais exato – na dieta merece ser analisada com cuidado.

Embora Gundry chegue a declarar que as lectinas são o maior perigo na dieta dos norte-americanos, especialmente para pessoas com doenças autoimunes, a realidade é provavelmente bem diferente.

A Authority Nutrition indicou que as lectinas em pequenas quantidades podem, na verdade, trazer benefícios valiosos para a saúde, incluindo modulação imune e inflamatória, e que problemas aparecerão somente quando você ingerir grandes quantidades delas.

De fato, acredito que seria um erro assumir que todas as lectinas sejam ruins para você. Por exemplo, os abacates contêm a aglutinina de lectina (aglutinina persea Americana), mas isso dificilmente os coloca na lista de alimentos a serem evitados! 

Os abacates estão entre os alimentos mais saudáveis nos quais eu consigo pensar, e as pesquisas demonstram que a aglutinina encontrada no abacate é desprovida de especificidade para carboidratos. Em vez disso, ele interage com proteínas e ácidos poliamino.

Os feijões, por outro lado, não somente contêm lectinas que podem causar problemas para muitas pessoas, mas também possuem a desvantagem de ser ricos em carboidratos líquidos, e portanto, é melhor evitar eles nos estágios iniciais da transição de uma dieta cetogênica.
Então, existem prós e contras a ser considerados, dependendo do alimento em questão. A presença da lectina não é de forma alguma um determinante único. Dito isto, certas lectinas possuem efeitos tóxicos mais potentes ou alergênicos e as lectinas encontradas nos feijões estão nesta categoria.

As Lectinas e seus Efeitos Nocivos

Entre os alimentos mais problemáticos que contêm lectina encontram-se o trigo e outras sementes da família das gramíneas, feijões, soja e outras leguminosas, amendoins e membros da família das solanáceas, tais como, berinjela, batatas, tomates e pimentões.

Grãos e leguminosas tais como feijão preto, soja, feijão-de-lima, feijão comum e lentilhas contêm as maiores quantidades. Falando de forma geral, as lectinas são um tipo de proteína ligante aos glicanos, ou seja, proteínas ligando-se a carboidratos do organismo. Existem diversos tipos de lectinas e a principal diferença entre elas é o tipo de açúcar que cada uma prefere e liga-se no organismo.
Conforme observado por Dave Asprey, fundador do Bulletproof.com, “Um dos motivos de o trigo ser tão ruim é que a lectina no trigo é atraída pela glucosamina, polissacarídeo que reveste as articulações.”
Algumas — incluindo a aglutinina do germe do trigo (WGA), encontrada no trigo e outras sementes da família das gramíneas – ligam-se a locais receptores específicos das células mucosas intestinais e interferem na absorção de nutrientes ao longo da parede intestinal.
Como tal, elas agem como “antinutrientes” e podem causar efeitos prejudiciais ao microbioma intestinal variando o equilíbrio da flora bacteriana – precursor comum do intestino permeável.

As Lectinas são Altamente Inflamatórias

Uma das principais preocupações é que a maioria das lectinas são pró-inflamatórias, o que significa que elas provocam a inflamação e criam produtos finais da glicação avançada. A proteína C-reativa (CRP) é um exemplo das muitas lectinas que você possui circulando no seu organismo neste momento, e ela é usada como um marcador da inflamação.
Elas são igualmente imunotóxicas (capazes de estimular uma resposta hiperimune), neurotóxicas e citotóxicas, ou seja, elas são tóxicas às células e podem induzir a apoptose (morte celular). Algumas lectinas podem aumentar a viscosidade do seu sangue ao se ligar às células vermelhas.

Isto torna as células sanguíneas viscosas resultando em uma coagulação anormal. Algumas lectinas (como a WGA) podem até mesmo interferir na expressão genética e prejudicar a função endócrina. As lectinas também promovem a resistência à leptina, aumentando, desta forma, o risco de desenvolvimento de obesidade. Todos esses fatores podem predispor você a doenças.

Quem Deve Evitar o Feijão e Outros Alimentos Ricos em Lectina?

As pessoas que precisam ser particularmente cuidadosas com alimentos contendo lectina – especificamente aquelas da família das solanáceas, todos os grãos, leguminosas e feijões – são aquelas que sofrem de condições inflamatórias e autoimunes, incluindo, porém não limitadas a:
Você também deve ser cuidadoso em relação a isso se estiver consumindo medicamentos não esteroides anti-inflamatórios, pois eles demonstram aumentar a permeabilidade intestinal.
Isto permite que as lectinas tóxicas entrem no fluxo sanguíneo, aumentando dessa forma o risco de ocorrer uma reação adversa.

Evite Feijões Durante o Estágio Inicial da Dieta Cetogênica

Alimentos ricos tanto em carboidratos líquidos (carboidrato total menos fibra) quanto em lectinas causam o dobro dano e isto inclui grãos e feijões.

Na verdade, eu recomendo que você se abstenha tanto de grãos como de feijões durante o estágio inicial do meu programa de terapia metabólica mitocondrial (Metabolic Mitochondrial Therapy-MMT), o qual envolve cetose nutricional cíclica, detalhada em meu livro novo “Fat for Fuel (Gordura como Combustível).”

Uma vez que você tenha passado do estágio inicial onde limitar estritamente a ingestão de carboidrato líquidos é crucial e o seu corpo está queimando eficazmente gordura como combustível, o feijão (e outros carboidratos líquidos, como os grãos) podem ser reincorporados, especialmente durante os “dias de festa”.

O ciclo banquete-fome ou pulsante é um componente importante do programa MMT. Isto significa simplesmente que você faz entra e sai em um ciclo de cetose nutricional ao invés de ficar na cetose indefinidamente.

Inicialmente você limita o consumo de carboidratos para de 40 a 50 gramas por dia e os substitui por gorduras saudáveis. Isto fará seu organismo mudar para a queima primária de gordura como combustível e radicalmente reduzirá o risco de desenvolvimento da maioria das doenças crônicas.
Se seu nível de insulina estiver abaixo de 3, então seu consumo ideal de carboidratos pode ser maior que 40 ou 50 gramas. No entanto, se seu nível de insulina estiver mais alto, então é melhor que você reduza o consumo de carboidratos líquidos na sua dieta.
Quanto maior for seu nível de insulina, menor deve ser o número de carboidrato que você consome. A menos que o nível de insulina em jejum esteja abaixo de 5, evite carboidratos como o feijão, leguminosas e grãos, tais como o arroz, quinoa e aveia nesta fase inicial.
Estes alimentos não apenas aumentam os níveis de insulina como igualmente aumentam as chances de você se tornar resistente à leptina, o que interfere na sua capacidade de perder peso..

Uma vez que seu organismo esteja queimando gordura como combustível, você então começa a entrar e sair de um ciclo de cetose. Como uma regra geral, eu recomendo aumentar o seu consumo de carboidratos líquidos e proteínas uma ou duas vezes por semana – dias em que você pode consumir até 100 gramas ou mais de carboidratos líquidos — e, então, voltar à cetose nos outros cinco ou seis dias.
Durante os dias de alto consumo de carboidratos, os feijões são aceitáveis, se você gosta deles. Apenas certifique-se de cozinhá-los adequadamente para neutralizar a maior parte das lectinas.

Porque os Feijões Devem ser Cuidadosamente Cozidos

O feijão comum contém a maior quantidade de lectina fitoemaglutinina tóxica. Muitos outros tipos de feijão igualmente a contêm, embora em quantidades menores, incluindo o feijão branco e o feijão-da-espanha.

Essa lectina é o motivo pelo qual você nunca deve comer o feijão cru ou pouco cozido, pois você vai vomitar sangue e terá outros sintomas similares aos de uma intoxicação alimentar grave. Tão pouco quanto cinco feijões pouco cozidos podem causar sintomas grave.

O cozimento em altas temperaturas desativa esta lectina, tornando o feijão seguro para consumo. A pesquisa demonstrou que o feijão comum cozido contém somente 200 a 400 unidades de hemaglutinação (hau), comparados aos 20.000 a 70.000 hau encontradas nos feijões crus.
Embora a maioria das pessoas nunca iria considerar consumir feijões secos sem cozinhá-los, pular etapas ou cozê-los pouco são gafes comuns cometidas na cozinha que acabam mandando muitas pessoas ao hospital. Conforme observado no Atlantic:
“Estórias de envenenamento com lectina são especialmente raras. No ‘The Independent’, a escritora nutricional Vicky Jones descreveu um jantar no qual ela usou o feijão-da-espanha em um prato sem cozê-lo primeiro.
Em pouco tempo, todos estavam gravemente doentes. Aconteceu tão rapidamente que antes mesmo de as pessoas consideraram ir ao pronto socorro, a morte parecia uma alternativa melhor a ter de ir ao hospital. Jones recuperou-se totalmente, como acontece com a maioria das pessoas envenenadas com lectina.”

Recomendações Gerais para Cozimento e Outras Estratégias para a Redução da Lectina

Aqui estão algumas orientações gerais para formas de preparo e cozimento para reduzir as lectinas tóxicas do feijão:
• Deixe o feijão de molho na água por, pelo menos 12 horas antes de cozinhá-lo, trocando a água com frequência. A adição de bicarbonato de sódio à água aumentará ainda mais a neutralização das lectinas.
Lave o feijão e descarte a água usada para imersão.
Cozinhe o feijão por 15 minutos em ALTA temperatura. Cozinhar o feijão em temperatura muito baixa pode, na verdade, aumentar os níveis de toxicidade em cinco vezes ou mais. Evite qualquer receita que use farinha de feijão seca, pois o aquecimento seco do fogão não destruirá as lectinas de forma eficaz.
A melhor forma para destruir as lectinas é usar uma panela de pressão. Muitas pessoas optam pelo InstaPot, uma panela de pressão multipropósito. Evite panelas de cozimento lento, pois elas, na verdade, aumentarão o conteúdo de lectina devido à baixa temperatura usada.
Um estudo que comparou o teor de ácido fítico de ervilhas previamente deixadas de molho que foram então cozidas regularmente ou cozidas em uma panela de pressão, identificou que a pressão do cozimento reduziu o teor de ácido fítico em 54 por cento, em comparação com 29 por cento através do cozimento regular.

A cozedura por pressão também pode preservar mais nutrientes do que outros métodos de cozimento.
A germinação e a fermentação também reduzirão dramaticamente o conteúdo de lectina de alimentos que a contêm, tornando-os mais seguros. Esta é uma das razões pelas quais o pão feito tradicionalmente com grão germinado é digerido mais facilmente do que o pão convencional feito com grão processado não germinado. 

Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2017/08/27/feijoes-e-alimentos-contendo-lectina-toxica.aspx?utm_source=facebook.com&utm_medium=referral&utm_content=facebookmercolaport_lead&utm_campaign=8272017_feijoes-e-alimentos-contendo-lectina-toxica

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Por que a Dieta do Mediterrâneo é tão Saudável?

Dieta do Mediterrâneo 
23 Fevereiro 2017
Por Dr. Mercola

A Dieta do Mediterrâneo tem conseguido manter sua popularidade mesmo com o surgimento de dietas da moda, e por uma boa razão. Vários estudos confirmaram seus benefícios para a saúde – muitos dos quais provavelmente por esta dieta ser pobre em açúcares, moderada em proteína e rica em frutas e legumes frescos, além de gorduras saudáveis.
Ao contrário da crença popular, não há, na verdade, uma “dieta mediterrânea” única. Pelo menos 16 países fazem fronteira com o Mar Mediterrâneo e os hábitos alimentícios variam de um país para outro devido às diferenças de cultura, antecedentes étnicos, religião e produção agrícola.

Benefícios à Saúde  

  • Prevenção e/ou reversão da síndrome metabólica, um conjunto de fatores de risco para a saúde cardíaca  e para a diabetes.
  • Melhora na saúde cardiovascular e significante redução no risco de acidente vascular cerebral — efeitos associados ao consumo de altas quantidades de gorduras ômega-3 de origem animal (principalmente provenientes do peixe).
    Altos níveis de ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA), provenientes de frutos do mar ou suplementos, foram associados à redução de 16% no risco de desenvolvimento de doenças cardíacas em pessoas com alto nível de triglicerídeos e redução de 14% em pessoas com alto LDL (mau colesterol).
  • Redução do risco de desenvolvimento de acne em mulheres adultas. De acordo com pesquisas realizadas recentemente, mulheres adultas que consumiram frutas frescas, legumes e peixe por menos de quatro dias por semana tiveram risco dobrado de desenvolver acne depois de adultas.
  • Redução no risco de desenvolvimento de artrite reumatoide, doenças de Parkinson, Alzheimer e câncer.
  • Melhora na saúde como um todo e na longevidade. E um estudo realizado, mulheres que seguiram a Dieta do Mediterrâneo entre os 50 e 60 anos de idade tiveram mais chances de chegar a seus 70 anos de idade sem desenvolver doenças crônicas  ou problemas cognitivos.

Dieta do Mediterrâneo Associada a Cérebro mais Saudável

De maneira geral, a Dieta do Mediterrâneo é uma das melhores dietas convencionais para a saúde cerebral e cardíaca. Por exemplo, uma pesquisa demonstrou que dietas ricas em gorduras saudáveis provenientes de castanhas, abacates e azeite de oliva podem favorecer a memória e a cognição em adultos idosos.
Uma pesquisa realizada anteriormente também sugeriu que a Dieta do Mediterrâneo pode reduzir as chances de desenvolver a doença de Alzheimer, porém não deixou claro se a dieta era a responsável por isso ou se as pessoas que tinham esse hábito de consumo alimentar também tinham um estilo de vida mais saudável reduzindo esse risco.
Visando esclarecer mais apuradamente as potenciais associações entre dieta e cognição, pesquisadores designaram, aleatoriamente, em torno de 450 idosos com fatores de risco para doenças cardiovasculares – como sobrepeso, pressão alta e/ou colesterol alto – para seguir uma das seguintes dietas:
  • Dieta do Mediterrâneo complementada com um litro de azeite de oliva virgem por semana
  • Dieta do Mediterrâneo complementada com 30 gramas de castanhas por dia
  • Dieta com baixo teor de gordura  
Exames das funções cerebrais foram realizados antes e depois do estudo. Aqueles que seguiram a Dieta do Mediterrâneo complementada com castanhas mostraram significante melhora na memória, enquanto aqueles que complementaram a dieta com azeite de oliva mostraram significante melhora na cognição.
O grupo da dieta pobre em gordura, por outro lado, mostrou significante redução tanto na memória como na função cognitiva.

Adultos Idosos Sofrem Menor Encolhimento do Cérebro com a Dieta do Mediterrâneo

Mais recentemente, cientistas descobriram que a Dieta do Mediterrâneo também ajuda a reduzir o encolhimento do cérebro relacionado à idade em adultos idosos. Conforme relatado pelo LA Times:
“Em um grupo de 562 escoceses na faixa dos 70 anos de idade, aqueles cujo padrão de consumo alimentar estava mais próximo da dieta mediterrânea tiveram, em média, metade da porcentagem de encolhimento do cérebro normal para o grupo como um todo ao longo de três anos...
Os pesquisadores usaram levantamentos sobre hábitos alimentares para dividir o grupo em dois – aqueles que estavam pelo menos próximos da Dieta do Mediterrâneo e aqueles que não estavam nada próximos dela.
Mesmo que várias pessoas do grupo da Dieta do Mediterrâneo estivessem longe da perfeição em sua adesão, a média de perda de volume cerebral foi significativamente diferente entre os dois grupos.”

Seu Cérebro Necessita de Gorduras Saudáveis

Resultados como esses certamente fazem sentido se você considerar a importância das gorduras saudáveis para a função cerebral. Afinal, o cérebro é composto de, pelo menos, 60% de gordura – a mais importante de todas é a DHA, encontrada em frutos do mar como óleo de peixe e de krill. Considerando isso, é importante escolher seu fruto do mar de maneira sábia.
Você deve procurar por peixes ricos em gorduras saudáveis, como ômega-3, que contenham também baixos teores de mercúrio e outros poluentes ambientais. Uma boa escolha são os peixes gordurosos menores como sardinhas, anchovas e arenque.
Como regra geral, quanto menor for o peixe na cadeia alimentar, menor a probabilidade de ele conter níveis prejudiciais de contaminantes. Muitos desses peixes menores também contêm quantidades maiores de ômega-3, portanto consumi-los só traz vantagens. O salmão do Alasca pescado em ambiente selvagem é outra escolha saudável.
Se você evita peixe, é importante consumir suplementos com alta quantidade de ômega-3, como o óleo de krill.
Além do peixe, outros exemplos de gorduras benéficas que seu organismo (e seu cérebro, em particular) necessitam para um ótimo funcionamento são o abacate, a manteiga crua proveniente do leite de vaca alimentada com grama orgânica, a manteiga clarificada chamada ghee (feita com leite de vaca ou de búfala, semelhante à manteiga de garrafa aqui do Brasil), azeitonas, azeite de oliva virgem orgânico e óleo de coco, nozes como pecan e macadâmia e ovos provenientes de galinhas criadas ao ar livre.

Ômega-3 é Importante

O ômega-3 de origem animal em combinação com a vitamina D também tem demonstrado melhorar as funções cognitivas e o comportamento associado a determinadas condições psiquiátricas, incluindo TDAH, bipolaridade e esquizofrenia – em parte, por ser um regulador dos níveis de serotonina do cérebro.
O EPA da gordura ômega-3 reduz moléculas sinalizadoras de inflamações no cérebro que inibem a liberação de serotonina de neurônios pré-sinápticos melhorando os níveis de serotonina. O DHA – importante componente estrutural das células cerebrais – também influencia beneficamente os receptores de serotonina aumentando o acesso a ela.
Outras dietas demonstram ser particularmente benéficas para a saúde cerebral incluindo as dietas DASH e MIND, sendo que esta última enfatiza o consumo de frutas e vegetais, especialmente verduras folhosas e bagas, grãos integrais, castanhas, azeite de oliva, feijões, aves e peixe, e limita carne vermelha, queijo, manteiga, doces e alimentos fritos.
O que estas três dietas têm em comum é a ênfase em alimentos integrais, particularmente frutas frescas e vegetais e, pelo menos, ALGUMA gordura saudável.

Benefícios da dieta DASH

A dieta DASH, em particular, tem mostrado ser bastante eficiente na redução do risco de desenvolvimento da hipertensão. No entanto, acredito que a real razão deste efeito não está relacionada à redução do sal e sim à redução do consumo de alimentos processados, que são ricos em frutose.
Como os níveis de insulina e leptina aumentam em resposta aos net carbs, isso causa aumento na pressão arterial.
O excesso de frutose provoca hipertensão em um grau mais elevado do que o excesso de sal. Um estudo realizado em 2010 concluiu que as pessoas que consumiam 74 gramas ou mais de frutose por dia (equivalente a 2,5 bebidas açucaradas) possuíam risco 77% maior de contrair níveis de pressão arterial 160/100 mmHg (hipertensão estágio 2).
O consumo de 74 gramas ou mais de frutose por dia também aumentou em 26% o risco de leitura de pressão arterial de 135/85 e em 30% o risco de leitura de 140/90.
Níveis elevados de ácido úrico também estão significativamente associados à hipertensão (inibindo o óxido nítrico nos vasos sanguíneos), e a frutose aumenta o ácido úrico. Na verdade, o ácido úrico é um subproduto do metabolismo da frutose. Portanto, eliminando o excesso de açúcar e de frutose de sua dieta, você estará efetivamente tratando questões que contribuem para a pressão arterial alta.
Recomendo manter o consumo total de frutose abaixo de 25 gramas por dia. Se você for resistente à insulina (cerca de 80% dos Americanos são), tem pressão arterial alta, diabetes, doença cardíaca ou outra doença crônica, seria sensato limitar o consumo de frutose em 15 gramas ou menos por dia, até que seu quadro geral seja normalizado.

A Dieta do Mediterrâneo Pode Cortar o Risco de Desenvolvimento de Doenças Cardíacas

A importância das gorduras saudáveis não pode ser sobrestimada, em meu ponto de vista. As gorduras são importantes para vários processos biológicos, especialmente aqueles relacionados com as funções cerebrais e cardíacas.
No caso desta última, um ensaio espanhol, que incluiu aproximadamente 7.450 voluntários com idades entre 55 e 80 anos, foi interrompido antes do prazo suposto por motivos éticos, pois considerou que o grupo de controle de baixo teor de gordura estava em desvantagem perigosa.  
Todos os participantes foram diagnosticados com alto risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, porém eram assintomáticos no início do estudo. Os participantes foram acompanhados por 4,8 anos, em média. Os voluntários foram aleatoriamente divididos em três grupos (dois grupos de intervenção e um de controle):
  • Dieta do Mediterrâneo rica em vegetais frescos, frutas, frutos do mar, grãos integrais e gorduras monoinsaturadas, muito pobre em carne e lácteos e complementada com 30 gramas de castanhas por dia (15 gramas de nozes, 7,5 gramas de amêndoas e 7,5 gramas de avelãs).
  • Dieta do Mediterrâneo (como acima) complementada com 50 ml de azeite de oliva virgem no lugar das castanhas
  • Dieta com baixo teor de gordura (controle)
Não houve restrição de calorias para qualquer dos grupos, nem atividade física promovida ou exigida. O cumprimento do requerimento de consumo de azeite de oliva e castanhas foi testado com exames de sangue e urina. O resultado primário foi um composto de infarto do miocárdio, AVC e morte por problemas cardiovasculares.
Os resultados secundários foram AVC, infarto do miocárdio, morte por problemas cardiovasculares e morte por qualquer outro motivo.  
Notavelmente, em menos de cinco anos, os dois grupos de intervenção atingiram uma redução em 30% do risco relativo de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e a redução do desencadeamento de AVC foi de impressionantes 49%.  Não me admira a decisão dos pesquisadores de interromper o ensaio por razões éticas!
Infelizmente, dietas de baixo teor de gordura ainda estão entre as dietas mais aceitas na comunidade médica, tanto para a manutenção do peso como para a saúde cardíaca. Não há como estimar quantas pessoas tiveram morte precoce devido a este conceito fatalmente falho e cientificamente refutado.

Você Consome Peixe Suficientemente?

De acordo com o último relatório da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), os Americanos aumentaram o consumo de frutos do mar em quase 0,5 quilo por pessoa em 2015, uma média de 7 quilos por ano, ou mais que 0,13 quilo por semana.  
É o maior aumento de consumo de frutos do mar em duas décadas, ainda que continuemos defasados em relação às recomendações alimentares, que são de 0,22 quilo de frutos do mar por semana. Idealmente, foque em duas a três porções de peixe como salmão ou sardinhas, anchovas, cavala e arenque toda semana para obter níveis saudáveis de ômega-3.
Evite atum enlatado, cavala, espadarte, garoupa, espadim, olho-de-vidro-laranja, pargo e alabote por possuírem alguns dos mais altos níveis de contaminação.

Para Boa Saúde e Longevidade, Certifique-se de Aumentar o Consumo de Ômega-3

Se você não consome esta quantidade de peixe semanalmente, considere consumir diariamente um suplemento de ômega-3 como óleo de krill. A dosagem de ômega-3 que você necessita depende da sua atura, idade, condição de saúde, tipo de ômega-3 e mais. O melhor a fazer é realizar o teste de índice de ômega-3.
Este teste mede o nível de ômega-3 nas células vermelhas do organismo que é, de fato, a única maneira de determinar se você está adquirindo quantidade suficiente de tal gordura através da alimentação ou suplementação. Seu índice deve estar acima de 8%.
Ainda que não exista um padrão de dosagem de ômega-3 recomendado, algumas organizações de saúde recomendam uma dose diária de 250 a 500 mg de EPA e DHA para adultos saudáveis. Quantidades mais altas (acima de 1.000 a 2.000 mg de EPA e DHA diariamente) são tipicamente recomendadas para prevenção de perda de memória, depressão e doenças cardíacas.
Se você estiver grávida ou amamentando, seu organismo provavelmente necessitará de um adicional de gorduras ômega-3. A Associação Dietética Americana e Nutricionistas do Canadá recomenda que mulheres grávidas e amamentando (e também todos os adultos) consumam pelo menos 500 mg de ômega-3, incluindo EPA e DHA, diariamente.

Existe Algo Melhor que a Dieta do Mediterrâneo?

Se você for saudável e tiver porcentagem de gordura corporal ideal, então as opções alimentares discutidas acima são uma escolha sensata, particularmente se você fizer parte do grupo de outras variáveis discutidas na seção acima.  
Porém, a triste realidade é que 80% das pessoas não se encaixam neste perfil, uma vez que ou estão com sobrepeso, ou têm câncer, doenças cardíacas, diabetes, doenças autoimunes ou neurodegenerativas. Se isto se aplica a você ou a alguém que você estima, então firmemente acredito que você precisa ensinar seu organismo a queimar gordura como seu combustível primário antes de adotar esse tipo de dieta.
Meu novo livro, “Fat for Fuel” (Gordura como Combustível), discute como limitar radicalmente o consumo de carboidratos e proteína integrando períodos de alta ingestão de alimentos e jejum, o que ajudará seu organismo a reconquistar a habilidade de queimar gordura como combustível primário.
Uma vez que você normalize seu peso e outras condições e seu organismo reconquiste a capacidade de queimar gordura como combustível primário, então faz todo sentido adotar a Dieta do Mediterrâneo.

Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2017/02/23/dieta-do-mediterraneo.aspx?utm_source=facebook.com&utm_medium=referral&utm_content=facebookmercolaport_lead&utm_campaign=2232017_dieta-do-mediterraneo

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

76 Motivos para Evitar o Açúcar

Açúcar

28 de setembro de 2016.


Por Dr. Mercola

O açúcar, em quantidades moderadas, é essencial ao corpo. Como carboidrato, ele fornece a você a energia necessária para as atividades diárias. Todas as suas células usam essa energia. Porém o açúcar também é uma caloria, e uma vez consumido em excesso, você verá os efeitos negativos à sua saúde.

O forte vício em açúcar pode causar obesidade, diabetesdanos ou insuficiência cardíaca, produção de células cancerígenas, esgotamento da capacidade mental e expectativa de vida mais curta.

A moderação é importante neste caso. Entretanto, evitar alimentos ricos em açúcar é definitivamente mais fácil de dizer do que fazer hoje em dia, devido à variedade de opções nas lojas. Entre alguns dos suspeitos comuns estão as bebidas energéticas, refrigerantes, barras de chocolate, adoçantes artificiais e muito mais. Todos têm acesso a eles.

O que está por trás do vício em açúcar

É óbvio que o vício em açúcar começa quando você deseja algo que contém esse ingrediente doce. Comer açúcar aciona a produção de opioides naturais no seu cérebro. 

Esses hormônios ajudam a aliviar a dor e são acionados da mesma forma que alguém que consome drogas ilegais.

Segundo os pesquisadores, a língua tem dois receptores doces, que evoluíram nos primórdios, quando nossos ancestrais tinham uma alimentação pobre em açúcar. Com o passar do tempo, a língua das pessoas ainda não foi capaz de se adaptar aos doces.

É por isso que, quando os receptores da língua são altamente estimulados, seu cérebro acaba enviando sinais de recompensa em excesso toda vez que você come algo com açúcar, o que acaba anulando os mecanismos de autocontrole. Isso leva ao vício.
 

O Dr. Robert Lustig, professor de pediatria na Universidade da Califórnia, em São Francisco, publicou no The Atlantic:
"O centro de prazer do cérebro, chamado de núcleo accumbens, é essencial para nossa sobrevivência como espécie...Quando você consome alguma substância viciante, inclusive o açúcar, o núcleo accumbens recebe um sinal de dopamina, que faz com que você sinta prazer. Então você quer consumir mais. O problema é que, com a exposição prolongada, o sinal é atenuado, ficando mais fraco.
Então você precisa consumir mais para obter o mesmo efeito – o que é chamado de tolerância. E se você reduz o consumo da substância, entra em abstinência. A tolerância e a abstinência são os componentes do vício".
Outro fator importante no possível vício em açúcar é o hormônio leptina. Ele é responsável por dizer ao cérebro como a energia armazenada a partir da gordura deve ser usada. Além disso, ele tem como alvo os receptores gustativos da língua, que podem aumentar ou diminuir seus desejos alimentares.
Quando você tem falta de leptina ou existe um problema com os receptores de leptina do corpo, são maiores as chances de você ter desejos alimentares, e geralmente o açúcar é a primeira escolha quando se trata de combater esse desejo.

76 ameaças do açúcar à sua saúde

Açúcar demais pode ter efeitos prejudiciais na sua saúde. Eu contei pelo menos 76 ameaças graves (sim, você leu certo!) do açúcar à sua saúde. Esses perigos estão divididos em quatro categorias: Maior risco de doenças, desequilíbrio ou deficiência de nutrientes, deficiências corporais e mudanças comportamentais.

Desequilíbrio ou deficiência de nutrientes
  1. Atrapalha as relações minerais do seu corpo
  2. Deficiência de cromo
  3. Interfere na absorção de cálcio, magnésio e proteína
  4. Aumenta os níveis de colesterol total, triglicerídeos e colesterol ruim
  5. Reduz os níveis de colesterol bom
  6. Diminui os níveis de vitamina E
  7. O corpo transforma o açúcar em duas a cinco vezes mais gordura na corrente sanguínea em comparação ao amido
Mudanças comportamentais
  1. Vício ou intoxicação, semelhante ao álcool
  2. Rápido aumento de adrenalina, hiperatividade e ansiedade
  3. Causa dificuldade de concentração, tontura e irritação nas crianças
  4. Resulta em menor atividade nas crianças
  5. Diminui a capacidade cognitiva e pode causar distúrbios de aprendizado que podem afetar as notas escolares das crianças
  6. Aumenta o risco de comportamento antissocial
  7. Queda de estabilidade emocional
  8. Depressão
  9. Alcoolismo
Maior risco de doenças
  1. Alimenta as células cancerígenas
  2. Pode provocar a morte de células
  3. Aumenta os níveis de glicose em jejum
  4. Aumenta a pressão arterial sistólica
  5. Aumento significativo na adesão plaquetária
  6. Causa a formação de pedras e cálculos renais
  7. A rápida absorção de açúcar promove o consumo de alimentos em excesso
  8. Obesidade
  9. Reduz a sensibilidade à insulina, levando a níveis altos de insulina e, com o tempo, à diabetes
  10. Hipoglicemina reativa
  11. Dor de cabeça, inclusive enxaqueca
  12. Tontura
  13. Problemas no trato gastrointestinal
  14. Alergias alimentares
  15. Promove doenças degenerativas crônicas
  16. Causa aterosclerose e doenças cardiovasculares
  17. Causa catarata e miopia
  18. Pode levar a doenças autoimunes, como artrite, asma e esclerose múltipla
  19. Causa enfisema
  20. Contribui para osteoporose
  21. Contração de apendicite, hemorroidas e veias varicosas
  22. Mal de Parkinson (as pessoas com esta doença têm alto consumo de açúcar)
  23. Aumenta o risco de gota e mal de Alzheimer
  24. Acidez na saliva, cáries e doenças periodontais
  25. Gengivite
  26. Estimula o desenvolvimento descontrolado de Candida Albicans (candidíase)
  27. Toxemia na gravidez
  28. Contribui para o eczema nas crianças
  29. Piora os sintomas de crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
  30. Maior risco de pólio
  31. Pode causar ataques epiléticos
  32. Pode causar pressão alta em pessoas obesas
  33. O consumo maior em unidades de tratamento intensivo pode provocar a morte
Deficiências corporais
  1. Apresenta potencial para provocar processos metabólicos anormais em uma pessoa normal saudável
  2. Supressão do sistema imunológico, aumentando o risco de contrair doenças contagiosas
  3. Perda de elasticidade e função dos tecidos
  4. Piora na visão
  5. Envelhecimento prematuro
  6. Aumenta os produtos finais de glicação avançada em que as moléculas de açúcar se ligam a proteínas e acabam danificando-as
  7. Danos à estrutura do DNA
  8. Pode interromper o oxigênio que vai para o cérebro através de alimentação intravenosa
  9. Muda a estrutura das proteínas e causa uma alteração permanente das atuações da proteína no seu corpo
  10. Alteração da estrutura de colágeno
  11. Envelhecimento da pele
  12. Prejudica a homeostase fisiológica dos sistemas corporais
  13. Reduz a capacidade de funcionamento das enzimas
  14. Aumenta o tamanho do fígado fazendo com que as células hepáticas se dividam, aumentando a quantidade de gordura do fígado
  15. Aumenta o tamanho dos rins e produz alterações patológicas
  16. Danos pancreáticos
  17. Aumento na retenção de fluidos corporais
  18. Afeta a composição de eletrólitos urinários
  19. Retarda a capacidade de funcionamento das glândulas suprarrenais
  20. Compromete a parede dos vasos capilares
  21. Tendões frágeis
  22. Pode causar um aumento das ondas cerebrais delta, alfa e teta, podendo alterar a capacidade da mente de pensar claramente
  23. Causa desequilíbrio hormonal
  24. Aumenta os radicais livres e o estresse oxidativo
  25. Causa uma forte queda na gravidez, com risco duas vezes maior de dar à luz um bebê pequeno para a idade gestacional
  26. Desidratação entre recém-nascidos
  27. Afeta a produção de dióxido de carbono quando fornecido a bebês prematuros

Como acabar com o vício em açúcar

Não se preocupe – não é tarde demais para acabar com esses hábitos ruins. Tenho algumas recomendações sobre como ingerir açúcar com segurança sem sacrificar a sua saúde.
 

A primeira seria recorrer às emoções. Às vezes, quando você deseja muito alguma comida, isso é causado por uma necessidade emocional, como querer aliviar o estresse ou sentir-se um pouco mais feliz depois de um dia cansativo. Geralmente as pessoas tendem a ignorar suas emoções ao pensar se devem comer algo saudável ou não.

Uma maneira de cortar o consumo de açúcar seria reduzir a quantidade de açúcar que você consome diariamente (menos de 25 gramas para ser exato), inclusive das frutas inteiras.

Também aconselho que você evite a todo custo o xarope de milho rico em frutose (HFCS). Ele é um adoçante feito do milho e encontrado em vários alimentos que comemos e bebemos hoje em dia. Ele é considerado letal não só devido à quantidade de açúcar que contém, mas também devido aos riscos que pode causar à saúde, a maioria deles já mencionados anteriormente.

Escolher uma alimentação bem balanceada e adaptada ao seu biotipo específico ajuda, com ênfase adicional nos alimentos ricos em fibras, que ajudam a retardar a absorção do açúcar, e nos alimentos ricos em gorduras ômega 3 de alta qualidade, que também são cruciais para diminuir o impacto da ingestão de açúcar em excesso. Recomenda-se também evitar alimentos ricos em açúcar e reidratar-se continuamente com água pura e fresca.

Por fim, exercitar-se todos os diasmelhorar os níveis de vitamina Ddormir bemgerenciar os níveis de estresse também podem ajudar a minimizar os efeitos do consumo de açúcar em excesso. Sabe-se que o exercício, em particular, melhora a sensibilidade à insulina, reduz os níveis de estresse, suprime a grelina (hormônio da fome), acelera o metabolismo, reforça os ossos e melhora o humor.

Pode ser muito difícil dizer não aos doces, principalmente se você já os consome diariamente, mas, acredite em mim, depois que você sentir os efeitos da redução do consumo de açúcar no seu corpo, tudo valerá a pena.


Fonte:

http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2016/09/28/vicio-acucar.aspx

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Sua Canela é a Verdadeira ou é a Cassia?


 A canela verdadeira é normalmente rotulada como "canela do Ceilão" e vem principalmente do Sri Lanka, Índia, Madagascar e Caribe. A cassia, por outro lado, é muitas vezes designada como "canela chinesa" ou "canela de Saigon" e vem principalmente da Indonésia, China, Vietnã, Japão e Coreia.

Tanto a canela cassia como a canela verdadeira são muitas vezes rotuladas com o mesmo nome na América do Norte. A versão verdadeira, Ceilão, é mais cara, possui um leve tom de marrom, um pó mais fino e tem um aroma mais doce. Ao comprar as canelas em pau, em geral, a cassia será mais grossa e as duas extremidades se enrolam uma em direção a outra, em vez de ser enrolada em uma única direção.

A canela é uma das especiarias mais antigas e populares e tem sido usada há milênios tanto por seu aroma quanto por suas qualidades medicinais. No antigo Egito, foi utilizada para preencher cavidades corporais de cadáveres como um agente de embalsamamento. Na Roma antiga foi considerada tão valiosa que o imperador Nero queimou uma provisão de um ano todo na pira do funeral de sua esposa como prova de sua devoção a ela.

A canela Ceilão é mais cara e mais difícil de encontrar na América do Norte, onde a maioria das especiarias rotuladas de canela são, na verdade, o tipo mais barato, cassia. Mais doce, mais leve e mais refinada do que cassia, a canela verdadeira é mais adequada para aromatizar sobremesas.

Além do sabor, a distinção mais importante entre as duas especiarias, no entanto, é nos seus níveis de cumarina, o composto natural que atua como um anticoagulante quando ingerido.


A canela encontrada no Brasil não é a verdadeira, do Ceilão, porém a cassia também apresenta alguns benefícios: 
  • ela possui níveis mais elevados de cumarina do que a verdadeira, tendo propriedades anticoagulantes e de afinamento do sangue que usada na situação adequada poderia salvar vidas. Pacientes que tomam medicamentos para afinar o sangue, como a varfarina (nome comercial Coumadin) são muitas vezes, aconselhados a limitar sua ingestão de canela, mas isso geralmente se aplica mais a Cássia do que à canela verdadeira. Grandes doses de canela também não devem ser utilizadas antes de cirurgias, durante a menstruação intensa, ou em qualquer situação em que possa ocorrer uma grande quantidade de sangramento.
  • ambas canelas contêm manganês que é um mineral importante na ativação de enzimas essenciais para a formação de ossos saudáveis, bem como em outros processos fisiológicos, incluindo o de carboidratos e do metabolismo da gordura. 
  • ambas são muito boas fontes de fibra dietética, ferro e cálcio. A combinação de cálcio e fibras é útil na redução do risco de câncer de cólon, na redução dos níveis de colesterol e para aliviar a prisão de ventre ou diarreia.
Fontes:


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Os Doze Alimentos Mais Contaminados e os Quinze Menos Contaminados por Pesticidas Segundo o EWG

Os Doze Alimentos Mais Contaminados por Pesticidas (do mais para o menos contaminado)
  1. Maçãs
  2. Aipo ou Salsão
  3. Pimentão
  4. Pêssegos
  5. Morangos
  6. Nectarinas
  7. Uvas
  8. Espinafre
  9. Alface
  10. Pepinos
  11. Mirtilos ou Blueberries
  12. Batatas

15 Menos Contaminados (do menos ao mais contaminado)

  1. Cebolas
  2. Milho (não transgênico)
  3. Abacaxis
  4. Abacate
  5. Repolho
  6. Ervilhas
  7. Aspargo
  8. Mangas
  9. Berinjela
  10. kiwi
  11. Melão Cantaloupe
  12. Batatas Doces
  13. Toranja
  14. Melancia
  15. Cogumelos
Leia também: Agrotóxicos: Quem Eles Matam?

Fonte:

http://www.davidsuzuki.org/what-you-can-do/queen-of-green/faqs/food/what-are-the-dirty-dozen-and-the-clean-fifteen/

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Vídeo: Estudo dos Gatos do Dr. Pottenger - Alimentação Crua e Cozida X Doenças

OBS: Correção da legenda dos 13 minutos e 25 segundos aos 13'29'':"o homem realmente está restrito a um grau mais avançado, pois é onívoro."

Dr. Francis M. Pottenger foi o primeiro a provar em ambiente controlado que a alteração térmica produzida pelo cozimento e processamento dos alimentos, causava a perda de nutrientes e formação de compostos tóxicos, que por sua vez levava a degeneração fisiológica, morfológica e psicológica dos seus gatos, dos espécimes nos quais ele testou sua teoria. 

Consuma, no mínimo, 51% da sua dieta crua. De acordo com o Dr. Paul Kouchakoff, estudos de 1930 mostraram que quando os alimentos são cozidos acima de 50º C, as enzimas (e vitaminas) dos alimentos são desnaturadas e por isso, não são reconhecidas como alimento pelo organismo e aumentam a atividade dos leucócitos (glóbulos brancos) no mesmo, como se estivessem sendo atacados por vírus ou bactérias. Para evitar que esta reação ocorra, devemos comer 51% dos alimentos crus a cada refeição. Segundo vários autores, cozinhar ou aquecer destrói 50% das proteínas, 50% das vitaminas e 80% dos minerais, assim como todas as enzimas. Coma pelo menos 51% de alimentos crus no almoço, jantar e outras refeições, mas não precisa se tornar crudívoro, há alimentos que só podem ser consumidos cozidos e é algo muito difícil de se fazer atualmente. Além disso, nenhum dos profissionais de saúde que sigo, aconselha que nos tornemos crudívoros. Por isso, coma bastante salada crua com as refeições e faça sucos de vegetais (orgânicos e frescos sempre que possível).

Leia também: Efeitos Nutricionais do Processamento de Alimentos

Fontes:


http://www.doctor-recommended-stress-relief.com/Organic-Raw-Food.html 

https://www.youtube.com/watch?v=6CdSM3Dvq3s&feature=youtu.be

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Quantidade de Frutose nas Frutas

Informações extraídas de um artigo do Dr. Mercola (fonte)

A pesquisa realizada pelo Dr. Johnson sugere que seus níveis de ácido úrico podem ser efetivamente usados como marcadores da toxicidade da frutose; ou seja, um indicador de quão significativo é o impacto da frutose no seu organismo e saúde. 
De acordo com a pesquisa realizada mais recentemente nesta área, a faixa mais segura de ácido úrico está entre 3 e 5,5 miligramas por decilitro (mg / dl), e parece haver uma relação constante entre os níveis de ácido úrico, pressão arterial e risco cardiovascular, mesmo na faixa de 3 a 4 mg /dl.

Isso significa que se você tem um nível de 4 mg / dl para homens e 3,5 mg / dl para mulheres, você provavelmente possui risco muito baixo de toxicidade de frutose e pode ser mais liberal com os limites de frutose indicados. Quanto maior for o seu ácido úrico, maior será a necessidade de limitar, ou mesmo evitar, a frutose até o seu nível de ácido úrico normalizar.

O Dr. Johnson desenvolveu um programa para ajudar as pessoas a melhorar seus níveis de ácido úrico e o passo principal deste programa é a eliminação completa da frutose, até que seus níveis estejam dentro da faixa ideal de 3-5,5 mg / dl.

Se você possuir uma dieta primitiva e se exercitar bem, então pode ser que você seja a exceção que poderia exceder o limite de 25 gramas de frutose para ficar saudável. Mas, a experiência do Dr. Mercola diz que isto ocorre muito menos do que 1 em cada 1.000 pessoas, e é mais provável de ocorrer em 1 em cada 10.000 pessoas.

Frutas   Porção  Frutose em gramas
Limão Taiti  1 médio 0
Limão Siciliano 1 médio 0,6
Cranberries  1 xícara  0,7
Maracujá 1 médio 0,9
Ameixa  1 média 1,2
Damasco  1 médio 1,3
Goiabas 2 médias 2,2
Tâmara (Deglet Noor) 1 média 2,6
Melão Cantaloupe  1/8 de um melão médio 2,8
Framboesas 1 xícara  3,0
Clementina (tipo de tangerina) 1 média 3,4
Kiwi 1 médio 3,4
Amora 1 xícara  3,5
Carambola 1 média 3,6
Cerejas, doces  10 unidades 3,8
Morangos 1 xícara  3,8
Cerejas, azedas  1 xícara  4,0
Abacaxi  1 fatia (9 cm x 2 cm) 4,0
Toranja, rosa ou vermelha 1/2 de uma média  4,3
Amora Preta (Boysenberries) 1 xícara  4,6
Tangerina / mexerica  1 média 4,8
Nectarina  1 média 5,4
Pêssego 1 médio 5,9
Laranja-Bahia ou laranja-de-umbigo 1 média 6,1
Mamão Papaia 1/2 de um mamão médio 6,3
Melão Honeydew 1/8 de um médio 6,7
Banana 1 média 7,1
Mirtilos 1 xícara  7,4
Tâmara (Medjool) 1 média 7,7
Maçã  1 média 9,5
Caqui  1 médio 10,6
Melancia 1/16 de uma melancia média  11,3
Pera 1 média 11,8
Passas 1/4 xícara 12,3
Uvas, sem sementes (verdes ou vermelhas) 1 xícara  12,4
Manga 1/2 de uma manga média 16,2
Damascos secos 1 xícara  16,4
Figos, secos1 xícara 23