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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Substâncias Nocivas à Saúde Presentes em Cosméticos, Alimentos e Medicamentos

            

Não é costume dos brasileiros, ler o rótulo de um cosmético para saber quais são seus ingredientes antes de comprá-lo, mas isto é essencial. Diariamente, somos bombardeados por inúmeras substâncias químicas que não conhecemos nem o nome, mas elas podem provocar danos à nossa saúde.

A maioria das pessoas só se preocupa com os parabenos e acha que se um produto não os contêm, é seguro. Você já ouviu falar de retinil palmitato, oxibenzona, triclosan? Saiba que embora você quase não ouça falar muito dessas substâncias, elas são ainda mais polêmicas que os parabenos.

O intuito desse post é informar, dar um pequeno alerta sobre o que podemos encontrar nos cosméticos que usamos diariamente. Utilize produtos orgânicos certificados e mesmo assim você deve verificar os seus ingredientes. A certificação da IBD (não leva em consideração a água no cálculo do percentual) ou da Ecocert (leva em consideração a água no cálculo do percentual) para cosméticos orgânicos determina que 95% de seus componentes sejam orgânicos, mas verifique se os outros 5% sintéticos são seguros (fonte)!

Triclosan

Triclosan é um agente antibacteriano e conservante frequentemente encontrado em desodorantes, cremes dentais, sabonetes líquidos ou em barra, produtos antiacne. Segundo o Environmental Working Group (EWG) – organização americana que, dentre outras coisas, é especializada em pesquisa nas áreas de produtos químicos tóxicos – o Triclosan está ligado a distúrbios endócrinos (mesmo em baixas concentrações), bioacumulação (com o tempo, sua atividade antibacteriana torna-se ineficaz) e pode provocar câncer, também é classificado como alergênico (pele, olhos e pulmões) pela União Europeia.

Alumínio (aluminum powder) e derivados (magnesium aluminum silicate, por exemplo)

 O alumínio (e outros ingredientes que o contenha, por exemplo o Alumen presente no desodorante Crystal e vários outros) é frequentemente associado a casos de câncer de mama, principalmente se você se depila (utilizando aparelho de barbear) frequentemente (fonte), danos no sistema nervoso, ou seja, é apontado como uma possível neurotoxina (fonte), constipação intestinal, cólicas abdominais, anorexia, náuseas, fadiga, alterações do metabolismo do cálcio (raquitismo), Mal de Alzheimer e durante a fase da infância pode causar hiperatividade e distúrbios do aprendizado (fonte).

Chumbo

O chumbo é um metal pesado que possui efeito cumulativo (ele não é degradado pelo corpo, apenas vai se acumulando com o passar do tempo) e causa danos arrasadores ao organismo, dependendo da concentração, pode ocasionar anemia, distúrbios renais, neurológicos, ósseos, e até câncer.

Benzophenone-3, também conhecida como Oxibenzona ou Oxybenzone (em inglês)

Oxibenzona é um ingrediente comumente encontrado em protetores solares, cuja função primária é absorver a luz ultravioleta. Foi banida na Suécia e segundo o EWG, o ingrediente pode causar disfunção hormonal, é absorvida através da pele em quantidades significativas e contamina os corpos de 97% dos norte-americanos (de acordo com Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência federal americana responsável por administrar programas nacionais de prevenção e controle de doenças contagiosas).
Além disso, em 2006, o SCCP (Scientific Committee on Consumer Products) Europeu considerou a Oxibenzona como um possível ingrediente alergênico e fotoalergênico (isto é, torna o usuário mais sensível à luz solar).

Parabenos (Ethylparaben, Methylparaben, Propylparaben, dentre outros)

Com certeza vocês já devem ter ouvido falar dos polêmicos parabenos, conservantes largamente utilizados pela indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética. Eles geralmente vem acompanhados dos nomes Metil, Butil, Propil, Etil, Isobutil, Isopropil e são facilmente identificáveis nos ingredientes dos mais variados cosméticos.
Segundo o EWG, há fortes evidências de que os parabenos tenham ação estrógena. No final de 1998, a equipe do pesquisador John Sumpter da Universidade de Brunel, Grã-Bretanha, publicou um trabalho identificando os parabenos como mimetizadores estrogênicos, o que pode gerar disfunções no comportamento hormonal e aumentar a suscetibilidade ao câncer de mama, por exemplo.
Um estudo publicado na Revista de Cosmetologia afirma: “há razão para preocupação sobre os efeitos endócrinos dos parabenos devido à alta exposição humana a esses compostos. Ainda existem dúvidas sobre sua toxicidade e seu metabolismo, sendo necessário conduzir mais estudos”.

Mineral oil ou Paraffinum Liquidum (óleo mineral)

Devemos evitar o óleo mineral porque pode obstruir os poros, acumular-se na pele e cabelos, não possui qualquer valor nutritivo, pode ocasionar envelhecimento cutâneo, além de interferir nos mecanismos de hidratação natural da pele. Além disso, em 2002, um estudo do National Toxicology Program trouxe evidências sobre o óleo Mineral ser cancerígeno quando inalado (em produtos aerossol).

Phenoxyetanol

O phenoxyethanol é um conservante que previne a formação de microorganismos e também costuma a ser usado em fragrâncias, como estabilizador. Segundo o EWG, na União Europeia o phenoxyethanol é classificado como um componente alergênico. Além disso, estudos apontam o phenoxyetanol como uma possível neurotoxina, ou seja, pode afetar o sistema nervoso a médio e longo prazo. Há alguns anos, um alerta d FDA também apontou efeitos neurológicos do phenoxyetanol.

Benzyl alcohol (álcool benzílico) e Sodium benzoate (benzoato de sódio)

O álcool benzílico pode causar alergia, ressecamento da pele e danos através dos radicais livres, lado a lado com o álcool etílico, metanol, álcool isopropílico e álcool SD, segundo o site Paula’s Choice.
De acordo com o site Truth in Aging, embora o sodium benzoate em si seja considerado um ingrediente relativamente seguro, ele é frequentemente encontrado nas fórmulas que também contêm vitamina C ou E, e essa combinação pode gerar o benzeno, que é cancerígeno.
Em maio de 2007, um professor de biologia molecular e biotecnologia da Universidade de Sheffield e especialista em envelhecimento chamado Peter Piper ligou os benzoatos a danos celulares. Segundo ele, o conservante causa um aumento da produção de radicais livres, relacionados a doenças graves e ao envelhecimento. Outra pesquisa feita por ele em 1999 apontou que os benzoatos podem atacar as mitocôndrias das células.

Etanolaminas (DEA, MEA, TEA – diethanolamine, monoethanolamine e triethanolamine, respectivamente) e compostos que levem DEA, MEA e TEA no nome (ex: Cocamide DEA, Cocamide TEA, TEA-Lauryl Sulfate, etc)

Etanolaminas são compostos de amônia usados ​​em cosméticos como emulsificantes e agentes de formação de espuma. The Material Safety Data Sheet observa que a exposição prolongada a esses compostos pode resultar em insuficiência hepática, renal ou lesão do sistema nervoso (fonte). Também observa que os estudos em animais com a DEA e a MEA têm mostrado uma tendência para estimular a formação de tumores e causar anormalidades no desenvolvimento de um feto. Segundo a FDA, o Programa Nacional de Toxicologia (NTP) concluiu um estudo em 1998 que encontrou uma associação entre a aplicação tópica de DEA e seus derivados e câncer (leia mais).

Sodium Lauryl Sulfate (SLS) ou Lauril Sulfato de Sódio

Um dos agentes de limpeza mais usados: você vai encontrá-lo em shampoos, detergentes, sabonetes, etc. É um ingrediente irritante (assim como o Ammonium lauryl sulfate) para pele e olhos, tóxico em órgãos do nosso corpo, apresenta toxicidade reprodutiva , neurotoxicidade, possíveis mutações e câncer (fonte). Além disso, o SLS é considerado uma toxina ambiental, ou seja, polui o meio ambiente.

Benzyl Benzoate

É usado como solvente, conservante, pode causar dermatite de contato, alergias, distúrbios endócrinos (fonte: Truth in AgingEWG) , danos no sistema nervoso, principalmente em crianças (fonte) e câncer de mama (fonte). Seu uso é restrito a fragrâncias. Listado como alergênico pela União Europeia. 

Tocopheryl Acetate (Acetato de Tocoferol)

É usado como antioxidante e pode causar alergia/dermatite de contato; estudos apontam formações de tumores em altas doses desse composto (fontes: EWGTruth in Aging). Várias marcas chamam o Acetato de Tocoferol de “vitamina E”, mas não é. A vitamina E natural é o tocoferol (tocopherol) e não, Acetato de Tocoferol!

Tolueno (toluene), formol ou formaldeído (formaldehyde) e DBP (dibutil ftalato ou dibutyl phthalate)

O tolueno atua como solvente/antioxidante e é frequentemente encontrado em esmaltes (mas não só neles!), assim como o formol e o DBP. No EWG o tolueno tem no 10, ou seja, é extremamente nocivo. Segundo o EWG, o tolueno é altamente irritante, tóxico para o sistema respiratório e há evidencias limitadas de toxidade para o sistema cardiovascular, renal, dentre outros.
O formol é usado como conservante e desnaturante e tem nota 10 no EWG. Não é novidade para ninguém que o formol é comprovadamente cancerígeno (de acordo com o IARC), fortemente irritante e tóxico para o sistema respiratório. Assim como o tolueno e o formol, o DBP (que atua como solvente – dentre outros usos) tem nota 10 no EWG. O DBP é proibido na União Europeia, pode causar distúrbios endócrinos e é tóxico para o sistema respiratório.

Propylene Glycol

Atua como agente umectante e controlador de viscosidade, dentre outros usos. Está relacionado a possíveis alergias, dermatites de contato, além de poder intensificar a penetração de outros ingredientes na pele. Pode ser tóxico para o sistema reprodutivo e carcinogênico (fonte).

PEGs (polyethylene glycols) e seus derivados

PEGs são amplamente usados ​​em cosméticos como agentes espessantes, emulsificantes, solventes, etc. Geralmente os PEGs vem acompanhados de números: PEG-100, PEG-7, PEG-8 (dentre centenas de outros) e esses números indicam o peso molecular aproximado do composto. Quanto menor for esse peso molecular, mais facilmente ele poderá penetrar na pele (e claro que isso depende da condição em que se encontra a mesma).
As preocupações relativas aos PEGs são que eles podem ser contaminados com impurezas: os PEG-4, PEG-7, PEG-4-dilaurato, PEG 100) podem ser contaminados com o Ethylene oxide (óxido de etileno), que é extremamente tóxico. Os PEG-6, PEG-8, PEG-32, PEG-75, PEG-150, por exemplo, podem ser contaminados com 1,4-dioxane, que é cancerígeno. Óbvio que os fabricantes atuam de modo a tentar eliminar essas contaminações, mas será que todos conseguem? Não estou segura acerca disso.
PEGs podem causar irritações e sensibilizações em peles predispostas e algo preocupante acerca desses compostos é que eles podem facilitar a penetração de outros ingredientes da fórmula do produto que o contiver. Definitivamente, os PEGs são extremamente polêmicos e devido ao seu amplo uso nos cosméticos, é mais seguro evitá-los.

BHT (Butylated hydroxytoluene)

O BHT é um conservante amplamente usado para prevenir a oxidação de óleos capilares/faciais/corporais, batons, bases (e até em alimentos como margarinas, lasanhas). Segundo o European Food Safety Authority, esse ingrediente é alergênico, tóxico para o sistema imune e tem limitadas evidencias de cancinogenicidade.
De acordo com EWG, um ou mais ensaios in vitro em células de mamíferos apresentaram resultados positivos para mutação e um ou mais estudos mostram a formação de tumores em doses elevadas. BHT foi proibido como conservante em alimentos em países como Japão, Romênia, Suécia e Austrália. No Brasil, infelizmente, ele é permitido, e bastante usado.

BHA (Butylated hydroxyanisole)

Assim como o BHT, o BHA é um conservante usado para prevenir a oxidação de produtos como batons, sombras. No EWG, esse ingrediente tem nota 9-10, numa escala de risco que vai de 0 (inofensivo) a 10 (perigoso). O BHA está na lista de “ingredientes banidos ou considerados inseguros para uso em cosméticos” da União Europeia, além de ser indicado como alergênico pela mesma.
De acordo com o European Commission on Endocrine Disruption, o BHA é considerado um desregulador endócrino e para o IARC (International Agency for Research on Cancer), esse ingrediente é possivelmente cancerígeno. Como se não bastasse, o BHA pode ser bioacumulativo (ou seja, pode acumular no corpo de seres vivos).

 DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea, Diazolidinyl urea

DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea e Diazolidinyl urea são conservantes frequentemente encontrados em produtos capilares (shampoo, condicionador, etc), hidratantes faciais, sombras. De acordo com o EWG, esses ingredientes são apontados como alergênicos e possíveis desencadeadores de dermatite de contato. Além disso, podem conter impurezas de formaldeído (cancerígeno e altamente alergênico) ou liberá-lo. Apesar de existirem alternativas sintéticas, os ingredientes Imidazolidinyl urea e Diazolidinyl urea também podem ser obtidos através de urina e outros fluidos corporais de mamíferos.

Fragrance/Parfum (fragrância/perfume)

Em um cosmético, a fragrância pode derivar de óleos essenciais/flores e plantas (como geralmente ocorre em cosméticos naturais/orgânicos) ou pode ser sintética. De acordo com o SCCNFP (The Scientific Committee on Cosmetic Products and Non-Food Products Intended for Consumers), fragrâncias sintéticas são tóxicas para o sistema imune. Tanto o SCCNFP quanto o Scientific Committee on Consumer Safety apontam as fragrâncias sintéticas como alergênicas. O EWG também indica que as mesmas possam ser tóxicas para o sistema respiratório.
Além de todos esses problemas, a “zebra” acerca das fragrâncias é que quando lemos “fragrance/parfum” em um rótulo, caso ela não seja de origem natural, pode significar que inúmeras substâncias químicas foram misturadas para produzir aquele cheiro (e quase sempre elas não vêm especificadas no rótulo, ou seja, você não sabe quais são).
Quando digo inúmeras estou sendo até generosa: mais de 3.000 substâncias químicas podem estar escondidas atrás dessa palavra (fonte), dentre elas os ftalatos (que podem causar distúrbios endócrinos e defeitos congênitos no sistema reprodutivo de meninos), o benzyl benzoate.

Cyclopentasiloxane (D5) e Cyclotetrasiloxane (D4)

D5 e D4 são ingredientes condicionantes usados em produtos capilares, hidratantes corporais e faciais. Segundo o Environment Canada, D4 e D5 são tóxicos, persistentes, e têm o potencial de bioacumulação em organismos aquáticos (fonte). A União Europeia também classifica D4 como um disruptor endócrino, ou seja, altera o sistema hormonal. Além disso, em 2009, o governo canadense declarou essas substâncias como potencialmente tóxicas.

Disodium EDTA

Nos cosméticos, atua de diversas maneiras, uma delas é aumentando a formação de espuma em shampoos, sabonetes, mas pode ser encontrado em outros tipos de cosméticos. Estudos apontam que ele pode atuar como um agente que aumenta a penetração de outros ingredientes (que estejam presentes na fórmula do produto) na pele, além de ser fracamente mutagênico (fonte).

Tetrasodium EDTA

Nos cosméticos, atua principalmente como “quelante”, sequestra e diminui a reatividade de íons metálicos que podem estar presentes num produto, e pode ser encontrado principalmente em shampoos e sabonetes. Segundo a União Europeia, esse ingrediente pode ser tóxico para os olhos, e o Environment Canada Domestic Substance List o classificou como “esperado para ser tóxico ou nocivo”. Além disso, assim como o Disodium EDTA, o Tetrasodium EDTA aumenta a penetração de outras substâncias na pele (fonte).

Talc (talco)

Atua de diversas maneiras: absorve umidade, como agente “deslizante”, ou seja, diminui o atrito. É frequentemente usado em sombras, bases, pó facial. Segundo o EWG, o talco pode ser contaminado com amianto, o que representaria riscos de toxicidade respiratória e câncer. Estudos do National Toxicology Panel demonstraram que talcos destinados a uso cosmético e livres de amianto são uma forma de silicato de magnésio, que também pode ser tóxico e cancerígeno.
Além disso, há evidencias limitadas de que ele possa causar toxicidade no sistema respiratório se inalado. Segundo o IARC, o uso regular talco em órgãos genitais é “possivelmente cancerígeno para humanos”.

Methylisothiazolinone e Methylchloroisothiazolinone

Em cosméticos, são usados como conservantes e encontrados principalmente em shampoos, condicionadores e sabonetes líquidos. Há fortes evidências de que possam ser tóxicos e alergênicos para a pele. Outras pesquisas também apontam o methylisothiazolinone como sensibilizador. Testes em células de mamíferos o indicaram como uma possível neurotoxina (fonte). Além disso, há evidências limitadas que o methylchloroisothiazolinone possa ser mutangênico (fonte).

Ingredientes com “-methicone” ou “-ol” [nesse últimos caso, quando o composto não for um álcool, claro] no final (ex: dimethicone, cyclomethicone, dimethiconol, etc)

São agentes umectantes e condicionantes, derivados de silicone, amplamente usados em produtos capilares, primers, bases. Além de serem apontados como toxinas ambientais, ou seja, poluem o meio ambiente, vários ingredientes derivados de silicone tendem a acumular na pele e cabelos, tornando-os pesados e opacos. Quando aplicados na pele, podem obstruir os poros, interferir nos mecanismos de hidratação natural da mesma (causando ressecamento) e há a possibilidade de ocorrer reações alérgicas (fonte).
O  Environment Canada Domestic Substance List classifica o dimethicone e o cyclomethicone como “esperado para ser tóxico ou nocivo” (fonte: EWG). Quem estiver interessado em ir mais a fundo, nesse site tem uma lista de vários ingredientes derivados de silicone. Não é preciso decorar todos, é óbvio, mas os mais populares já foram citados logo acima.

Sodium Laureth Sulfate

É um “primo” do sodium lauryl sulfate – atua como agente de limpeza e costuma a ser bastante usado em shampoos, sabonetes em geral. É considerado mais polêmico que o sodium lauryl sulfate: Environment Canada Domestic Substance List aponta o ingrediente como “esperado para ser tóxico ou nocivo” e é considerado um ingrediente alergênico.
A maior preocupação acerca do Sodium Laureth Sulfate, além do surgimento de alergias (coceira no couro cabeludo, descamação do mesmo) e ressecamento, é que o ingrediente pode ser contaminado com impurezas de ethylene oxide, considerado cancerígeno e altamente tóxico, e 1,4-dioxane, também considerado cancerígeno e tóxico (fonte: EWG).

Chlorphenesin

É um conservante sintético comumente usado em hidratantes, protetores solares acima de FPS 30, produtos com proteção solar em geral, máscaras para cílios. Pode causar dermatite de contato e alergias, relaxar o músculo esquelético, deprimir o sistema nervoso central e causar depressão respiratória (respiração lenta ou superficial) em lactentes (fonte). A FDA alerta para que mulheres grávidas ou amamentando não usem cosméticos com esses ingredientes. O Cosmetic Ingredient Review (CIR) marcou o chlorphenesin como ingrediente de alta prioridade para revisão.

DMAE ou Dimethylaminoethanol

Amplamente usado em cosméticos anti-idade, hidratantes. Segundo um estudo canadense, o efeito anti-idade do DMAE se dá às custas de sua capacidade de danificar as células (fonte). Segundo o EWG, esse ingrediente pode causar alergias e toxicidade do sistema imune.

Petrolatum

Atuam como agente emoliente e umectante e é comumente usado em produtos capilares, máscara de cílios, até no Bepantol. O petrolatum (petrolato) pode ser contaminado com hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (polycyclic aromatic hydrocarbons – PAHs), que são apontados como cancerígenos (fonte).

Cetrimonium chloride

Em cosméticos, o cetrimonium chloride atua principalmente como conservante e agente de emulsão. É amplamente usado em shampoos, condicionadores, gel capilar. Há forte evidências de que o ingrediente seja tóxico ou alergênico. Além disso, é apontado como uma possível toxina ambiental (fonte).

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Referências: