O Brasil é o maior importador de agrotóxicos do mundo e consome pelo menos 14 tipos de agrotóxicos que não são permitidos em outros países. Segundo pesquisa da Anvisa, muitas das frutas, verduras e legumes vendidos no Brasil têm resíduos de agrotóxicos acima do nível permitido. Isso faz mal para o meio ambiente e para a nossa saúde. Os efeitos sobre a saúde humana ainda não são inteiramente conhecidos, mas há diversos estudos acadêmicos relacionando o consumo frequente de agrotóxicos com um aumento no risco de certos cânceres e síndromes congênitas. Na natureza, os agrotóxicos aceleram a degradação do solo, água e flora. Pensando nisso, muita gente resolve seguir uma dieta orgânica, apenas com alimentos produzidos sem nenhum agrotóxico e livres de transgênicos. Nos últimos anos, a moda pegou tanto que, hoje, é possível encontrar produtos orgânicos até nas maiores redes de supermercados. Só que eles custam bem mais caro! E aí você pergunta: como assim um alimento produzido de forma mais simples é vendido por um preço maior? É que, com os agrotóxicos, é possível produzir frutas maiores, em maior quantidade e sem pragas. Como a produtividade é maior, o preço cai. Mas lembre-se daquele conselho da sua avó: tem barato que sai caro. Se você pensar que pode desenvolver um câncer daqui a alguns anos, os produtos convencionais não são mais tão vantajosos assim.
Como Seguir uma Dieta Orgânica sem Gastar Tanto?
Como
ter uma dieta orgânica sem arrombar o bolso, então? Antes de tudo,
aceite que os seus gastos com alimentação vão aumentar um pouco. Não tem
jeito. Mas é um investimento na sua saúde e na saúde do planeta. Com as
dicas abaixo, dá para diminuir o impacto desta nova dieta sobre o seu
bolso.Nem todos os alimentos são produzidos com altos níveis de agrotóxicos, por exemplo, brócolis, berinjela, repolho, banana, kiwi, ervilhas (congeladas), abacaxi, cebola e manga costumam ter menos resíduos químicos. Então, quando quiser economizar, pode comprar os convencionais sem medo de ser feliz, lembrando-se sempre de descascar antes de comer frutas e legumes e de descartar a camada mais externa das verduras, pois nestes locais concentram-se a maior parte dos agrotóxicos. Já pimentão, maçã, uva, pêssego, pepino, morango, couve, alface, tomate, aipo, nectarina, cereja, pêra, espinafre e batatas são mais frágeis e por isso costumam receber grandes quantidades de pesticidas. Prefira sempre as versões orgânicas e, se a grana tiver curta, substitua-os por outros ingredientes.
2. Compre de pequenos produtores
Em feiras orgânicas locais, você vai pagar bem menos do que no supermercado. Veja aqui se existe uma feira orgânica perto de você. Se não tiver, compre pela Internet, em lojas como Natue (para a qual podemos encontrar cupons de desconto on-line), Hortifruti Orgânico, Ecobio ou Mercado dos Orgânicos. Lojas físicas de produtos naturais também podem ser mais baratas do que os supermercados, mas isso não é uma garantia, já que a maioria delas foi aberta em bairros nobres das grandes cidades.
Frutas, verduras e legumes de época são mais baratos. Questão de oferta e procura. Então não quebre a cabeça querendo fazer aquela receita cheia de morangos, por exemplo, quando não é época pra isso.
Em minha casa adotei uma dieta mais de 90% orgânica e gasto aproximadamente o mesmo que antes, pois consumo poucos industrializados, compro muitos alimentos na feira orgânica, praticamente não gasto dinheiro com produtos de limpeza (limpo a casa e lavo roupas como descrito aqui e aqui) e com o passar do tempo, você reduz a quantidade de alimento que ingere, pois não sente tanta fome.
http://www.flipit.com/br/plus/dieta-organica-barata