Marcadores

Tranduza (Translate)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

LIXO: Por que me Preocupar?


DE ONDE VEM... PARA ONDE VAI... 

O lixo é o resíduo produzido pelos seres humanos no desenvolvimento de suas atividades, que vão desde sua alimentação até a produção industrial, assim como nos hospitais, nas escolas, nos bancos, etc.  Existem diversas formas de classificá-lo, pode ser por sua natureza física (seco ou molhado), sua composição química (matéria orgânica ou inorgânica) ou pelos riscos potenciais ao meio ambiente (perigosos, não-inertes e inertes). Pode também ser classificado de acordo com a sua origem, ou seja, onde ele é produzido :

1. Lixo doméstico ou domiciliar: É o resíduo que geramos em casa e nas escolas. São restos de alimentos, frascos de plásticos, potes de vidros, embalagens de papéis e papelões, etc.

2. Lixo industrial:
 São os resíduos de produção em escala industrial. Varia de acordo com o ramo de atividade da empresa  (metalurgia, química, automotiva, papel e celulose e assim por diante).
Óleos, graxas, lodos, serragem, borra de tinta, são alguns exmplos. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do lixo considerado tóxico.

3. Lixo de serviços de saúde:
 São os resíduos gerados nos hospitais, postos médicos e dentários, farmácias, clínicas veterinárias. É composto por resíduos infectantes ou potencialmente infectantes como seringas, luvas e agulhas descartáveis, curativos. Há também os resíduos assépticos (não infectantes) que são os papéis, restos de preparo de alimentos, embalagens de produtos de limpeza, etc.

4. Lixo comercial: É o lixo gerado nas lojas, restaurantes, bares e escritórios. Esses lixos apresentam muito papel, embalagens diversas e resíduos de higiene pessoal tais como papel higiênico e papel toalha.

5. Lixo público:
 Originado nos serviços de limpeza urbana tais como varrições de ruas e avenidas, limpeza de praias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores.

6. Lixo agrícola: São assim considerados os resíduos das atividades agrícolas e da pecuária. São embalagens de defensivos agrícolas e fertilizantes, restos de rações e colheitas. As embalagens de agroquímicos, que geralmente são altamente tóxicos, devem ter sua disposição final em depósitos apropriados a fim de não causarem impactos ambientais, tais como a poluição do solo e do lençol freático.

7. Entulho: Restos da construção civil, reformas de casas, demolições, solos de escavações diversas. Geralmente é composto de materiais inertes mas pode conter resíduos perigosos como restos de tintas e solventes.
A prefeitura é responsável pela administração e coleta dos resíduos  Domiciliar, Público e  Comercial (neste caso apenas em quantidades pequenas de até 50 kg). Já para as outras categorias (Serviços de Saúde, Industrial, Agrícola e Entulho), a responsabilidade é do produtor das embalagens ou do lixo, como por exemplo, os hospitais, as construtoras e as empresas de embalagens.

LIXO??? ARGH !!!! 

Por que me preocupar?


O lixeiro recolhe e tudo bem! Afinal, lixo é lixo! Infelizmente, muitas pessoas ainda pensam assim. Provavelmente porque não sabem os problemas que o lixo pode causar se não for devidamente cuidado após sua coleta. No entanto, o mais grave é quando o lixo é recolhido e depositado de forma inadequada, podendo causar sérios problemas ao meio ambiente e prejudicar a população.
O "lixão", que é o local onde o lixo é depositado a céu aberto, sem nenhum tratamento, pode trazer muitos problemas :
"Atrai vetores e transmissores de doenças, como: ratos, baratas, moscas, mosquitos, etc;
"Provoca deslizamentos de terras;
"Atrai catadores, que podem contrair doenças tornando-se transmissores das mesmas;
"Provoca poluição visual, do solo e do ar;
"Provoca poluição dos lençóis subterrâneos através do "chorume" (líquido resultante da decomposição dos resíduos).

Mas então, como dispor o lixo de forma adequada? 


O lixo deve ser coletado regularmente e levado para um local onde ele causará o menor impacto possível ao ambiente e à saúde das pessoas.
Este local é o ATERRO SANITÁRIO, onde os resíduos são espalhados, compactados com um trator de esteira e cobertos com terra em camadas sucessivas, evitando-se dessa forma, a proliferação de animais e permitindo o controle da poluição ambiental da área através da captação e tratamento do chorume e dos gases resultantes da decomposição.
Uma triste notícia é que nos municípios brasileiros APENAS 10% dos resíduos coletados são dispostos em aterros sanitários e 76% são depositados em lixões. Os resíduos gerados por nossas atividades podem seguir outros caminhos além dos lixões ou aterros sanitários:
 Aterro controlado: esse método utiliza alguns princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho. Esta forma de disposição produz poluição localizada. Geralmente não dispõe de impermeabilização de base (comprometendo a qualidade das águas subterrâneas), nem de sistema de tratamento do biogás gerado. Este método é preferível ao lixão, mas devido aos problemas ambientais que causa e seus custos operacionais, é de qualidade bastante inferior ao aterro sanitário.
Incineração: Processo de queima dos resíduos sob altas temperaturas (entre 850 C e 1200 C) em incineradores com a finalidade de destruir ou remover a fração orgânica presente no resíduo, reduzindo seu volume em até 90%. Depois do processo terminado, as cinzas são depositadas nos aterros. É o processo utilizado para o destino final de resíduos dos serviços de saúde. Além de diminuir o volume nos aterros e esterilizar os resíduos potencialmente infectantes ou tóxicos, outra vantagem desse método é a possibilidade de recuperação da energia gerada. Mas a incineração dos resíduos tem também suas desvantagens. Durante o processo de queima de alguns materiais como pilhas e plásticos há a liberação de compostos tóxicos e ácidos prejudiciais ao ambiente e à saúde, devendo ser rigidamente controlada a emissão destes.

Usinas de Compostagem: 


Nestas usinas, os resíduos são separados em três parcelas: materiais orgânicos;
materiais recicláveis; e a parte não aproveitável do lixo, denominada de "rejeito" (pedras, couros, borrachas e plásticos sujos).
A parte orgânica dos resíduos é triturada, aerada, peneirada e submetida ao processo de compostagem (processo biológico de decomposição da matéria orgânica). Os materiais recicláveis são comercializados e o rejeito é transportado para os aterros sanitários. 

REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR 

Eles representam as atitudes que podemos ter para ajudar a diminuir a quantidade de lixo que não precisaria ser gerada.
Em primeiro lugar, devemos pensar em reduzir o consumo de materiais desnecessários, como por exemplo, reduzir a utilização de materiais descartáveis e evitar comprar produtos que tenham embalagens duplas.
Em segundo lugar, devemos pensar em reutilizar o máximo de coisas que pudermos, como por exemplo, reutilizar um vidro de maionese para guardar parafusos ou algodão, utilizar sempre os dois lados do papel e produzir artesanatos com materiais recicláveis. E, em terceiro lugar, devemos reciclar os materiais.
Reciclar o lixo significa torná-lo usável novamente, ou seja, fazer novos materiais a partir dos que já foram utilizados. Por exemplo: fazer novas latinhas de alumínio das já utilizadas. Mas não é qualquer material que pode ser considerado reciclável. Veja abaixo, os materiais que podem ser reciclados e alguns dos benefícios que a reciclagem de cada um traz ao meio ambiente :
Você pode começar a separar os tipos de lixo (papel, metal, vidro e plástico) em sua casa ou na escola. Esse material pode ser levado aos Postos de Entrega Voluntária - PEV's - espalhados pela cidade, ou pode ser doado para sucateiros ou entidades que promovem a reciclagem. Mas fique atento para manter os recipientes onde irá armazenar esse material bem fechado e, quando possível, lave-os para evitar que apareçam "visitantes indesejados" como moscas ou baratas. A matéria orgânica também pode ser reaproveitada para fazer adubo. Esse processo chama-se compostagem e resulta da ação dos fungos e bactérias que decompõem a matéria orgânica, transformando-a em adubo que pode ser utilizado em vasos, jardins, hortas e na agricultura em geral. Quando adubamos a terra, estamos fornecendo nutrientes às plantas, que crescerão mais rápido e mais fortes.
A compostagem também é uma forma de diminuir a quantidade de lixo que vai para o aterro sanitário.

Outras dicas para reduzir a quantidade de lixo que produzimos: de fraldas e absorventes ecologicamente corretos aqui e de tapetes higiênicos ecológicos aqui.

O ISOPOR É UM TIPO DE PLÁSTICO (ESPUMA DE POLIESTIRENO) QUE NÃO SE DEGRADA NATURALMENTE. APESAR DE SER POSSÍVEL SUA RECICLAGEM, NO BRASIL ENCONTRAMOS MUITAS DIFICULDADES EM ACHAR QUEM ACEITE TAL MATERIAL. UMA ATITUDE AMBIENTALMENTE CORRETA É EVITAR AO MÁXIMO SUA UTILIZAÇÃO. UM EXEMPLO SIMPLES É DEIXAR DE COMPRAR FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES EM BANDEJAS DANDO PREFERÊNCIA AOS PRODUTOS VENDIDOS A GRANEL.

O tempo de decomposição depende das condições ambientais de onde esse material está depositado (se há ou não a presença de oxigênio, teor de umidade, e da  temperatura ). 

Onde descartar as pilhas? 

Muitas pessoas têm esta dúvida. E não é para menos: há muitas informações e comentários circulando por aí sem algum fundamento verdadeiro.
O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) dispõe várias resoluções, as quais têm força de lei, e duas delas - as de número 257/99 e 263/99 falam sobre pilhas e baterias.
Ao contrário de comentários que circulam por aí, os fabricantes não são obrigados legalmente a recolherem as pilhas que possuam os níveis de metais pesados (cádmio, mercúrio e chumbo) abaixo das quantidades especificadas nestas resoluções. E a grande maioria das pilhas atualmente comercializadas já está dentro desses limites de metais pesados. Portanto, se você mandar pilhas para o fabricante, ele poderá jogá-las fora junto com o lixo comum, e você, além de gastar com custos de transporte e envio, não obrigará por este simples ato que ele recolha este tipo de resíduo. Entretanto, enviar certa quantidade de pilhas para os fabricantes e/ou com alguma regularidade, mostrará a eles que nós, consumidores, queremos atitudes mais ambientalmente responsáveis por parte da indústria. Mas cuidado: acumular pilhas em casa e em lugares inadequados, pode causar algum grau de contaminação ambiental e para a saúde. Essas resoluções do CONAMA, apesar de parecerem um avanço no assunto, indiretamente promovem um maior consumo de pilhas. As pilhas, uma vez com menor quantidade dessas substâncias, que são responsáveis pela transmissão da corrente elétrica, duram menos tempo. E nós somos obrigados a comprar mais pilhas.

Então, o que fazer? 

1. Lembra do primeiro R - Reduzir? Pois é... Reduzir o consumo de pilhas usando fontes de energia recarregáveis;
2. Preferir o consumo de pilhas alcalinas - elas duram mais que as outras comuns;
3. Jogar suas pilhas juntamente com o lixo comum da sua casa, sem acumulá-las. No município de São Paulo, os resíduos sólidos urbanos domiciliares vão para o aterro sanitário (forma de destinação final com controle da geração de chorume e de gases). Pelo menos, não vai agredir tanto o meio ambiente. Pior seria se as pilhas fossem jogadas nos rios e em lixões!
4. Se quiser enviá-las para os fabricantes como sinal de protesto ou qualquer coisa do tipo, tome cuidado ao acondicioná-las. As pilhas podem se romper e os metais pesados podem ser liberados e, quanto maior a quantidade de pilhas, maior a concentração de metais pesados e maior o risco de contaminação;
5. Acompanhe as atividades dos vereadores, deputados e senadores, além do trabalho do prefeito (e vice) e governador (e vice), assim como do presidente (e vice). São eles os nossos representantes e têm obrigação de fazerem leis e fazerem cumpri-las las da maneira mais responsável possível;
6. Seja um consumidor consciente! Conselho Nacional do Meio Ambiente

Conama Resolução Nº 257, de 30 de junho de 1999.


É de suma importância adotar corretamente as cores e símbolos respectivos para cada material, pois seguem o padrão internacional, assim qualquer pessoa poderá realizar a coleta seletiva em qualquer parte do mundo. No Brasil a Resolução que regulamenta o seu uso é o CONAMA 275.


O papel foi inventado no ano 105 a.C. pelo Chinês T'sai Lun a partir de fibras vegetais diversas. O vegetal era deixado submerso em água e depois batido para ter suas fibras soltas e dispersas na água, podendo assim, serem usadas na fabricação do papel. Apesar de muita tecnologia ter sido incorporada ao processo de obtenção das fibras celulósicas, o processo de fabricação do papel continua sendo o mesmo, bem como sua matéria-prima básica, a fibra celulósica. Atualmente a matéria-prima vegetal mais utilizada para a fabricação de papel é a madeira obtida em áreas de reflorestamento (na sua maioria, eucalipto e pinus). Estas matérias-primas são hoje processadas química ou mecanicamente, ou por uma combinação dos dois métodos, gerando o que denominamos "pasta celulósica". A pasta celulósica também pode ser obtida através da reciclagem do papel.

O CICLO DA RECICLAGEM

1. O papel usado é separado do lixo e vendido a sucateiros que o separa de acordo com o seu tipo;
2. Remove-se os objetos como clips, grampos e plásticos e o papel é arrumado em grandes pacotes chamados "fardos" que são enviados para as indústrias papeleiras;
3. Os fardos são cortados em tiras e carregados por uma esteira até um enorme tanque de água quente chamado "hidropulper", que corta e agita o papel até ele se transformar numa pasta de celulose;
4. A água é retirada da polpa por drenagem, eliminando-se também por esse processo impurezas como fibras ou arames;
5. Produtos químicos e corantes podem ser adicionados à polpa antes dela ser processada na máquina da fazer papel. Esses aditivos servem para dar a cor final ao papel ou para torná-lo lustroso, mais forte ou mais branco;
6. A polpa preparada é jogada sobre uma tela de arame que funciona como peneira. A água passa através das malhas deixando somente as fibras agregadas que se transformarão no papel;
7. A água deixada nas fibras é prensada e o papel é secado por meio de muitos rolos e pesados cilindros aquecidos a vapor;
8. A superfície do papel é alisada através de rolos de ferro;
9. O papel é enrolado em bobinas e está pronto para ser utilizado novamente.

Benefícios da reciclagem:

Economia de recursos naturais como matéria-prima (madeira), energia e água:
1 tonelada de papel reciclado evita o corte de 20 árvores; 

 A fabricação de 1 tonelada de papel reciclado usa apenas 66% da energia necessária à fabricação da mesma quantidade de papel virgem (5 mil kw);
Com a utilização de aparas na fabricação de papel, reduz-se de 10 a 50 vezes a quantidade de água usada no processo com celulose virgem.

Papéis não-recicláveis:

  • papel vegetal;
  • papéis impregnados com resinas sintéticas, betume, etc.;
  • papel carbono;
  • papel sanitário usado (higiênicos, guardanapos, lenços);
  • papel e cartão revestidos com substâncias impermeáveis;
  • papel sujo e engordurado.
São materiais fabricados a partir de resinas derivadas do petróleo, um recurso não-renovável, isso significa que não podemos mais fazer petróleo para substituir aquele que já usamos. Por sua natureza química caracterizam-se por apresentar grande resistência à biodegradação.
Quase 50 tipos de plásticos diferentes são usados para fazer coisas que utilizamos no dia a dia, como telefones, encanamentos e embalagens.
Mas 90% do consumo é representado por 6 tipos : PET, PVC, PP, PEAD, PEBD e PS.

Devido à dificuldade de se diferenciar um tipo de plástico de outro, introduziu-se um sistema de codificação na embalagem do produto identificando a categoria em que se enquadra. No link a seguir há uma descrição dos seus tipos e quais devem ser evitados, devido a presença de substâncias tóxicas como o Bisfenol A ou BPA e outras.
A presença de plásticos nos aterros sanitários impermeabiliza o solo dificultando o processo de decomposição da matéria orgânica.
Apesar de representarem cerca de 4 a 7% em massa, pois são muito leves, ocupam de 15 a 20% do volume do lixo.
Para se ter uma ideia, um caminhão com capacidade para transportar 12 toneladas de lixo comum, transportará apenas 6 a 7 toneladas de plástico compactado, ou 2 toneladas sem compactação!
O Brasil consome 3,9 milhões de toneladas de plástico por ano, deste total 17,5% são reciclados em média, o que equivale a cerca de 200 mil t/mês.

CICLO DA RECICLAGEM 

A reciclagem do plástico pode ser feita por dois processos distintos: com ou sem a separação das resinas. O processo sem a separação por tipo de resinas exige altos investimentos em equipamentos especiais atualmente fabricados somente no exterior. Devido à este quadro, somente algumas empresas brasileiras utilizam esse processo obtendo então, a "madeira plástica", usada na fabricação de bancos de jardim, mourão de cerca, tábuas e sarrafos, etc. O processo com a separação de resinas é mostrado a seguir:
1. Os plásticos separados são enfardados e enviados às indústrias recicladoras;
2. As diferentes usinas recicladoras utilizam métodos diversos para separar os plásticos que ainda possam estar misturados, geralmente pela diferenciação de densidade (alguns plásticos flutuam na água e outros submergem);
3. Separados, os plásticos vão para esteiras onde serão triturados formando flocos do tamanho de um grão de milho;
4. Os flocos são lavados para remover a sujeira e depois secados por meio de secadores industriais;
5. Depois de secos, os flocos podem ser vendidos à indústrias produtoras de artefatos plásticos ou podem ser extrusados na própria usina, tomando assim novas formas para serem consumidos.

Benefícios da reciclagem:

  • Economia de energia e petróleo;
  • Aceleração da decomposição da matéria orgânica nos aterros sanitários pois o plástico impermeabiliza as camadas de material biologicamente degradável, prejudicando a circulação de gases e líquidos;
  • Redução do volume de lixo depositados em aterros aumentando sua vida útil;
  • 1 tonelada de plástico reciclado evita a extração de 1000 litros de petróleo.
Plásticos recicláveis: 

  • Baldes, garrafas de álcool, frascos de detergentes;
  • Copos de água mineral e descartáveis (café, refrigerante, etc.);
  • Garrafas de água e refrigerantes; - Isopor, sacos de lixo , sacos de leite;
  • Lonas agrícolas, potes de margarina.
O vidro é o resíduo sólido reciclável mais antigo existente. Diz a lenda que ele foi descoberto ocasionalmente por navegadores fenícios quando estes fizeram uma fogueira na praia: com o calor, a areia, o salitre e o calcário reagiram, formando o vidro. Industrialmente é obtido pela fusão de compostos inorgânicos (areia, barrilha, calcário e feldspato) a altas temperaturas e resfriamento da massa resultante. O Brasil produz em média 890 mil toneladas de embalagens de vidro por ano, usando cerca de um quarto de matéria-prima reciclada em forma de cacos. Além de voltar à produção de embalagens, estes cacos podem ser aplicados na composição de asfalto e pavimentação de estradas, construção de sistemas de drenagem contra enchentes, produção de espuma e fibra de vidro, bijuterias e tintas reflexivas. 44% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil, somando 390 mil t/ano.

CICLO DA RECICLAGEM 

1. O vidro é separado por cores, sendo o incolor, o de melhor qualidade;
2. O material é lavado em tanque com água que depois é tratada e recuperada;
3. O material passa por uma esteira destinada à catação de impurezas como restos de metais, plásticos ou vidros indesejáveis que não tenham sido retidos;
4. Um triturador transforma as embalagens em cacos de tamanho homogêneo que passam por uma peneira vibratória;
5. O material passa por um segundo eletroímã através de uma esteira a fim de retirar metais ainda existentes;
6. O vidro é armazenado para abastecimento da vidraria que utiliza o material na composição de novas embalagens;
7. Nas indústrias vidreiras os cacos são pesados e misturados com areia, pedra calcária e barilha;
8. A mistura é jogada dentro de um forno incandescente até ser fundida e transformada em "vidro líquido" que é despejado nas máquinas moldadoras;
9. Enquanto estão quentes, as embalagens são transferidas através de esteiras para uma câmara onde recebem um jato de ar quente para torná-las mais resistentes;
10. Depois de resfriadas e examinadas para ver se não houve a formação de bolhas de ar ou defeitos, estão prontas para serem novamente utilizadas.

Benefícios da reciclagem:

  • O vidro é 100% reaproveitável, não ocorrendo perda de material durante o processo de fusão, ou seja, com 1 Kg de vidro velho, se faz 1 Kg de vidro novo;
  • Para cada tonelada de vidro reciclado, poupamos mais de uma tonelada de recursos (603 kg de areia, 196 kg de carbonato de sódio, 196 kg de calcário e 68 kg de feldspato);
  • A reciclagem do vidro poupa de 25 a 32% da energia usada na produção do vidro;
  • Diminuição do volume de lixo depositado em aterros.

Vidros recicláveis :
  • Garrafas descartáveis ou retornáveis de refrigerantes, cervejas, bebidas alcoólicas, sucos e águas minerais;
  • Frascos e potes para produtos alimentícios, cosméticos e medicamentos (estes, em caso de serem oriundos de lixo de serviços de saúde, devem ser coletados separadamente dos resíduos infectantes);

Vidros não-recicláveis:

  • Vidros especiais como lâmpadas e tubos de televisão;
  • Ampolas de medicamentos; 
  • Vidros planos (janelas e box de banheiros) e espelhos;
  • Vidros domésticos (tigelas e vidros especiais).
São materiais obtidos a partir de minérios encontrados na natureza, e que passam por diversos processos até serem transformados em metal.
São caracterizados por elevada durabilidade, resistência mecânica e facilidade de conformação. Quanto à sua composição, os metais são classificados em ferrosos (compostos basicamente de ferro e aço) e não-ferrosos (entre estes destacam-se o alumínio, o cobre, o chumbo, o níquel e o zinco). Existem dois processos de fabricação de metais: o primário e o secundário. No processo primário, faz-se a extração do minério e depois sua redução ao estado metálico (feito a altas temperaturas com elevado consumo de energia). No processo secundário, o metal é obtido basicamente da fusão do metal já usado, denominado sucata. Neste processo, o consumo de energia é bem menor.

CICLO DA RECICLAGEM

1. As latas são separadas por tipos, enfardadas e enviadas para as usinas de fundição;
2. Nas usinas, são submetidas à fornos de altas temperaturas (aproximadamente 660º C), derretidas e transformadas em blocos (lingotes de alumínio ou tarugos de aço);
3. Os blocos são repassados aos fabricantes de vários setores industriais para novamente tomarem forma e serem utilizados.


Benefícios da reciclagem: 

Redução da energia gasta pelo processo primário na fase de transformação do minério para metal (Exemplo: a energia utilizada na reciclagem de latas de alumínio corresponde a apenas 5% da energia gasta durante a produção do alumínio a partir do minério. Isto significa que cada latinha reciclada economiza energia elétrica equivalente ao consumo de um aparelho de TV durante 3 horas!) ;
1 tonelada de alumínio reciclado evita a extração de 5 toneladas de minério (o alumínio provém do beneficiamento da bauxita);
A economia de energia proporcionada pela reciclagem de uma tonelada de metal equivale ao consume de cerca de 6.700 lâmpadas de 60 W.
O material pode ser reciclado infinitas vezes sem perder suas propriedades;
Redução do volume de materiais nos aterros prolongando sua vida útil. Metais recicláveis:
Folhas de flandres (aço revestido com estanho): latas para conserva de alimentos;
Aço: equipamentos de máquinas, motores e veículos, latas de tintas;
Alumínio: latas de bebidas, utensílios domésticos, pratinhos e bandejas, etc.
Para que o processo de reciclagem tenha melhores resultados, e o produto resultante possa ser utilizado para fins mais nobres, a sucata deve estar livre de contaminantes como matéria orgânica ou terra, por exemplo. O metal é o material mais reciclado no Brasil, no ano de 202, 87% da produção nacional (9 bilhões de latas, que equivale a 121 mil toneladas), foram recicladas.

Por que descontaminar as LÂMPADAS FLUORESCENTES?

As lâmpadas fluorescentes contêm o MERCÚRIO METÁLICO (usado em restaurações dentárias de amálgama, a prateada), substância tóxica nociva ao ser humano e ao meio ambiente. Ainda que o impacto sobre o meio ambiente causado por uma única lâmpada seja desprezível, o somatório das lâmpadas descartadas anualmente (cerca de 60 milhões só no Brasil) terá efeito sensível sobre os locais onde são dispostas. Enquanto intacta a lâmpada não oferece risco. Entretanto ao ser rompida liberará vapor de mercúrio que será aspirado por quem a manuseia. A contaminação do organismo se dá principalmente através dos pulmões. Quando se rompe uma lâmpada fluorescente o mercúrio existente em seu interior se libera sob a forma de vapor, por um período de tempo variável em função da temperatura e que pode se estender por várias semanas. Se forem lançadas diretamente em aterros, as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d'água, chegando à cadeia alimentar.
A regulamentação dos teores admissíveis de mercúrio nos resíduos sólidos está definida na norma brasileira NBR 10004 da ABNT que, em seu "Anexo A" classifica as "lâmpadas com vapor de mercúrio após o uso como “resíduo perigoso”.
O termo reciclagem de lâmpadas refere-se à recuperação de alguns de seus materiais constituintes. Um processo típico de reciclagem inclui desde um competente serviço de informação e esclarecimentos junto aos geradores de resíduos, explicitando como estes devem ser transportados para que não ocorra a quebra dos bulbos durante o seu transporte, até a garantia final de que o mercúrio seja removido dos componentes recicláveis e que os vapores de mercúrio serão contidos durante o processo de reciclagem.

Processo:


Ao chegarem na empresa recicladora as lâmpadas são desembaladas,  contadas e armazenadas em um local equipado com sistema de captação para possíveis fugas de vapores resultante de quebras acidentais. O processo de descontaminação inicia-se com a quebra das lâmpadas numa câmara com sistema de exaustão e captura/separação do mercúrio metálico emitido. Todos os componentes passam, então, por processo de destilação à vácuo, garantido a total remoção do mercúrio. O vidro, depois de totalmente descontaminado, pode ser utilizado na fabricação de novas lâmpadas ou na produção de esmalte para verificação de lajotas cerâmicas; o alumínio é refundido como metal secundário; o mercúrio recuperado é reutilizado por fabricantes de lâmpadas e outras indústrias. Esta tecnologia utilizada não gera efluentes líquidos, emissões de gases e resíduos sólidos contaminados, que poderiam requerer tratamento posterior.


Existem diversas tecnologias disponíveis para a reciclagem das embalagens da Tetra Pak. A reciclagem das fibras e do plástico/alumínio que compõem a embalagem começa nas fábricas de papel, em um equipamento chamado "hidrapulper", semelhante a um liquidificador gigante. Durante a agitação do material com água e sem produtos químicos, as fibras são hidratadas, separando-se das camadas de plástico/alumínio. Em seguida, essas fibras são lavadas e purificadas e podem ser usadas para a produção de papel utilizado na confecção de caixas de papelão, tubetes ou na produção de material gráfico, como os folhetos distribuídos pela Tetra Pak. O material composto de plástico/alumínio é destinado para fábricas de processamento de plásticos, onde é reciclado por meio de processos de secagem, trituração, extrusão e injeção. Ao final, esse material é usado para produzir peças plásticas como cabos de pá, vassouras, coletores e outros. Outro processo de reciclagem permite que o plástico com alumínio seja triturado e prensado a quente, transformando-se em uma chapa semelhante ao compensado de madeira que pode ser usada na fabricação de divisórias, móveis, pequenas peças decorativas e telhas. Esses materiais têm grande aplicação na indústria de construção civil.

Você sabia que quase 60% do que nós jogamos fora é matéria orgânica?

A matéria orgânica contém sais minerais, carboidratos, fibras, gorduras, água e outros elementos. Eles se decompõem através da ação dos microrganismos (fungos e bactérias principalmente). O resultado dessa atividade é a transformação dos elementos da matéria orgânica em formas fáceis de serem absorvidas pelos vegetais. Aí vêm os animais que se alimentam dos vegetais e animais que se alimentam de outros animais. Todos esses seres vivos fazem parte da tão famosa cadeia alimentar. E todos eliminam resíduos orgânicos (fezes, urina), e também decompostos quando morrem. Isso é um ciclo. A compostagem é uma forma que acelera o processo natural de decomposição de matéria orgânica. Com isso, produz-se um produto (o composto) altamente rico em nutrientes, o qual pode ser misturado no solo para deixar as plantas mais saudáveis, como um adubo natural. Para que ocorra a decomposição, são necessárias algumas condições ambientais: solo, umidade e temperatura favoráveis e também a presença de microrganismos. Quando a matéria orgânica começa a ser decomposta, geram-se gases e um líquido escuro, poluente, chamado de chorume. Dependendo da quantidade da matéria orgânica, a produção desse chorume e dos gases não traz problemas, porque são diluídos e reintegrados no ambiente facilmente. Mas pense você que diariamente cada indivíduo produz quase 800 gramas de matéria orgânica. É muita coisa, não?! E para onde tudo isso é levado?
Bem, na melhor das hipóteses, para o aterro sanitário, mas na maior parte dos municípios brasileiros, vai para o lixão.
Nos aterros sanitários, há o tratamento dos gases e do chorume, mas como a quantidade de matéria orgânica é muita e como ela está misturada com outros componentes não biodegradáveis (plásticos, metais, pilhas, vidros, etc), os microrganismos que são responsáveis pela decomposição não conseguem agir. Não há as condições ambientais necessárias para que eles sobrevivam no aterro sanitário. Assim, um papel - que é biodegradável - não se decompõe, nem a casca do ovo, a semente da melancia, os talos do agrião... Aí há dois aspectos negativos: não há a transformação e liberação dos nutrientes da matéria orgânica para o solo e também o aterro sanitário vai ficando saturado, como é o que está acontecendo em São Paulo.

Para minimizar esse quadro, devemos desperdiçar menos:
1. tomar cuidado na compra das frutas, verduras, legumes, colocando o que pesa mais embaixo do que pesa menos;
2. reaproveitar talos, sementes, cascas (de alimentos orgânicos) para fazer sucos, suflês, patês, etc.;
3. colocar no prato somente o necessário para se alimentar;
4. não comprar se não for consumir em tempo hábil: frutas, verduras, legumes, queijos, entre outros, têm prazo de validade pequeno;
5. compostar, mesmo em apartamentos, existem formas de fazer a compostagem.
A compostagem nos traz diversos benefícios: " Contribuímos com o trabalho natural da Terra, uma vez que a decomposição de matéria orgânica é essencial para a vida do planeta e sua ecologia;
" Reduzimos bastante o espaço ocupado nos aterros (lembre-se que 60% do nosso "lixo" é matéria orgânica);
" Enriquecemos naturalmente os solos, sem precisar usar agrotóxicos químicos (fertilizantes, por exemplo);
" Promovemos uma melhoria na saúde das plantas, já que o processo é natural;
" Cuidamos melhor da nossa saúde, pois estamos nos alimentando de produtos saudáveis;
" Reduz a necessidade do uso de água na produção de alimentos;
" Atrai animais importantes para a ecologia das plantas (minhocas, tatus-bolas, etc.);
" Diminui a poluição; " Reduz custos com transporte e destinação final dos resíduos;

O que compostar: 


Cascas de legumes, de verduras, de frutas, cereais, sementes, casca de ovo, pão embolorado; aparas de lápis apontado, saquinhos de chá, guardanapo rasgado, sobras de comida, frutas, legumes, verduras podres, grama, podas de jardim, galhos, esterco, serragem, pó de café.

Dica: 
quanto menor o material, mais fácil ele será compostado.

Como compostar? 
Vamos colocar aqui um roteiro com as etapas básicas para compostar:
I. Para casas, sítios, escolas, condomínios A Pilhas Abertas (Leiras) O melhor jeito para se compostar é construindo pilhas abertas de resíduos chamadas leiras. Mas para isso você precisa de espaço.
Na primeira camada (até 20 cm aproximadamente), põe-se o material matéria orgânica não muito molhada, tal como: folhas, galhos e serragem, aparas de lápis apontado.
Na segunda camada (até 20 cm), põe-se o material orgânico mais molhado: restos de comida (cascas de verduras e legumes, frutas podres, sobras de comida deixadas no prato). Pode-se juntar esterco (de boi, cavalo, galinha - menos de cachorro e gato, porque pode conter microrganismos vetores de doenças). A leira não pode ultrapassar 1,5 m de altura e 2,0 m de largura, senão não há aeração dentro dela. Quando o material começa a ser decomposto, há liberação de calor. E esse calor é fundamental para a ação dos microrganismos. Se a leira for muito pequena, não se produz calor suficientemente; se for muito grande (acima de 1,5 m), não há entrada de ar. O ideal é que essa leira seja revirada com a ajuda de um forcado.
No primeiro mês de compostagem, indica-se fazer pelo menos três revolvimentos (aos 5, 15 e 30 dias). Esse é o procedimento básico. Fácil, não é?!
Até quando você pode colocar matéria orgânica para compostar? Até juntar essa medida acima indicada. Depois de atingir esse tamanho, pode-se começar a fazer outra leira. Pela decomposição do material, a leira terá o seu volume diminuído. Quando a compostagem é feita de forma adequada, não produz mau cheiro nem atrai moscas, baratas. Então, odor desagradável e presença de moscas indicam que algo não vai bem. Esse "algo não vai bem" pode ser: " muito resíduo " temperatura muito alta ou muito baixa " muito úmido ou muito seco " muito ácido ou muito básico " leira muito alta ou muito larga .

DICAS :
" Indica-se não deixar a leira completamente exposta ao sol nem a chuva, para não ficar ressecada nem encharcada.
" O lugar escolhido para a leira, deve possuir o solo com boa drenagem e ser plano, para não acumular água. Pode-se até colocar alguns cascalhos antes da primeira camada.
" Não indica-se montar a leira em local cimentado. É importante fazê-la no solo, pois depois de um tempo de compostagem, animais importantes para a qualidade do composto poderão visitar a leira, como minhocas, tatus-bolas, entre outros.
" O esterco de galinha é mais concentrado que o dos outros animais, coloque-o em menos quantidade;
" Os materiais a serem compostados devem ser bem espalhados para a leira ficar mais ou menos uniforme.
" Se você notar que a leira está ficando ressecada, coloque mais material molhado ou regue com água; se estiver muito molhada, adicione mais material seco.
" O composto depois de pronto não deverá ficar exposto à ação do tempo. Prazo: Seguindo esses passos e respeitando os cuidados, o composto estará pronto para uso no prazo de 60 a 90 dias. Resultado: O composto tem aspecto agradável, cheiro de terra e é um pouco úmido.

Onde utilizar? 


Misture com o solo das plantas ornamentais, medicinais, dos temperos e do gênero alimentício em geral.
B. Uso de composteiras.
Esse método segue praticamente as mesmas etapas, dicas e cuidados do que foi descrito acima para as leiras.
A composteira deve ter 1 m³, ou seja, 1 m de comprimento X 1 m de largura X 1 m de altura. Indica-se fazer a composteira com madeira ou aramado, para não dificultar a entrada de ar.
Pode-se também usar baldes ou tambores de plástico ou outros materiais, mas a atenção deve ser redobrada. Pode-se construir duas ou três composteiras, para facilitar o revolvimento das leiras, e consequentemente, a aeração. Neste caso, passa-se a leira de uma composteira para outra.
Note que o volume da leira será reduzido em até um terço do volume original. 

Como acontece a reciclagem do PET


O PET pode ser reciclado de três maneiras diferentes:
1 - Reciclagem química. Utilizada também para outros plásticos, separa os componentes do PET, fornecendo matéria-prima para solventes e resinas, entre outros produtos.
2 - Reciclagem energética. O calor gerado com a queima do produto pode ser aproveitado na geração de energia elétrica (usinas termelétricas), alimentação de caldeiras e altos-fornos. O PET tem alto poder calorífico e não exala substâncias tóxicas quando queimado. Outros materiais combustíveis também podem ser utilizados.
3 - Reciclagem mecânica. Praticamente todo o PET reciclado no Brasil passa pelo processo mecânico, que pode ser dividido em:

RECUPERAÇÃO: Nesta fase, as embalagens que seriam atiradas no lixo comum ganham o status de matéria-prima, o que de fato, são.

  • As embalagens recuperadas serão separadas por cor e prensadas.
  • A separação por cor é necessária para que os produtos que resultarão do processo tenham uniformidade de cor, facilitando assim, sua aplicação no mercado.
  • A prensagem, por outro lado, é importante para que o transporte das embalagens seja viabilizado. Como já sabemos, o PET é muito leve.

REVALORIZAÇÃO: As garrafas são moídas, ganhando valor no mercado.
O produto que resulta desta fase é o floco da garrafa. Pode ser produzido de maneiras diferentes e, os flocos mais refinados, podem ser utilizados diretamente como matéria-prima para a fabricação dos diversos produtos que o PET reciclado dá origem na etapa de transformação. No entanto, há possibilidade de valorizar ainda mais o produto, produzindo os grãos de PET reciclado. Desta forma o produto fica muito mais condensado, otimizando o transporte e o desempenho na transformação.

TRANSFORMAÇÃO: Fase em que os flocos, ou o granulado, será transformado num novo produto, fechando o ciclo. Os transformadores utilizam PET reciclado para fabricação de diversos produtos, inclusive novas garrafas para produtos não alimentícios. Veja no quadro abaixo a distribuição dos mercados para o PET reciclado.

Hoje, 30% dos mais de 5 mil municípios brasileiros não contam com nenhum tipo de coleta e apenas cerca de 200 possuem um sistema de coleta seletiva. Esse sistema proporciona material mais limpo, livre de contaminações, conseqüentemente, a sucata assim coletada tem maior valor. Outro benefício é trazer os trabalhadores dos lixões para cooperativas organizadas. As indústrias devem investir em informação e tecnologia. Levar ao grande público o conhecimento sobre a reciclabilidade dos materiais, instruindo sobre como proceder para o correto descarte das embalagens. Desenvolver as tecnologias que permitam materiais mais fáceis de reciclar, inofensivos e inertes para proteção do meio ambiente e desenvolver os mercados para os produtos reciclados.
A população deve descartar corretamente seus materiais recicláveis, depositando as embalagens usadas em contêineres adequados ou doá-las para catadores e/ou entidades que as aceitem em doação. O cidadão comum tem o dever de começar, em sua casa, o trabalho de separar o lixo dos materiais recicláveis. Isso porque cada um de nós tem o trabalho de ir aos mercados para adquirir estes produtos. Cabe a nós, portanto, o primeiro passo para fazer com que os materiais sigam seu caminho de retorno para a indústria recicladora.
A realidade da reciclagem: O índice de reciclagem pode ser muito melhorado e, para isso, todos devem contribuir: A federação, estados e municípios devem legislar em favor da reciclagem. Outro benefício é trazer os trabalhadores dos lixões para cooperativas organizadas

A importância da reciclagem:

Desde que o conceito de reciclagem surgiu, décadas atrás, a preservação do meio ambiente é seu principal mote. Entretanto, o progresso das técnicas viabilizou muitas atividades industriais, tornando a reciclagem também uma alternativa de investimento e geração de trabalho e renda.
Cada tipo de plástico recebeu uma numeração específica e todas as embalagens plásticas devem ter o respectivo triângulo com a identificação.
As embalagens de PET são identificadas através do número 1. Na maioria das embalagens, o triângulo é aplicado em alto relevo na parte de baixo da mesma.


Outro artigo:



Estatísticas de Reciclagem - Lixo

O lixo é uma fonte de riquezas.

  • O lixo é uma fonte de riquezas. As indústrias de reciclagem produzem papéis, folhas de alumínio, lâminas de borracha, fibras e energia elétrica, gerada com a combustão.
  • No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que poderia.
  • O Brasil é considerado um grande "reciclador" de alumínio, mas ainda reaproveita pouco os vidros, o plástico, as latas de ferro e os pneus que consome.
  • A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por dia, com este lixo, em uma semana dá para encher um estádio para 80.000 pessoas.
  • Se toda água do planeta coubesse em um litro, a água doce corresponderia a uma colher de chá.
  • Somente 37% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto é queimado. Por outro lado, cerca de 60% do papel ondulado é reciclado no Brasil.
  • Um litro de óleo combustível usado pode contaminar 1.000.000 de litros de água.
  • Menos de 50% de produção nacional de papel ondulado ou papelão é reciclado atualmente, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado. O restante é jogado fora ou inutilizado.
  • Pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, um pouco mais de 1 quilo de lixo por dia. Atualmente, a produção anual de lixo em todo o planeta é de aproximadamente 400 milhões de toneladas.

Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras:
1. 39%: papel e papelão
2. 16%: metais ferrosos
3. 15%: vidro
4. 8%: rejeito
5. 7%: plástico filme
6. 2%: embalagens longa vida
7. 1%: alumínio
 Referências: