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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Baixa Imunidade e Alimentação

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Todos nós já ouvimos a expressão “baixa imunidade” ao justificar uma gripe, surgimento de aftas, herpes, entre outros problemas recorrentes de saúde. Mas o que realmente significa esta expressão?

Primeiramente é necessário entender o que é imunidade. “Imunidade é um dos mecanismos de proteção do nosso organismo contra as doenças, principalmente as infecciosas. Damos o nome de sistema imunológico a um conjunto de células, tecidos e moléculas que se inter-relacionam para exercer esta função. É interessante comentar que 70% deste sistema de defesa encontram-se em nosso intestino.

Ou seja, baixa imunidade refere-se a um estado no qual o organismo não está em condições de se defender adequadamente, encontrando-se mais vulnerável às doenças.

A recorrência de complicações, como herpes, candidíase, estomatites, resfriados e gripes frequentes é um sinal de que algo não vai bem. Outros sinais e sintomas podem ser muito inespecíficos, como queda de cabelo, unhas fracas e cansaço. Devemos ressaltar que a baixa imunidade pode ocorrer por uma variedade muito grande de fatores, tanto genéticos, como em decorrência do uso de medicamentos, vacinas, exposição à radiação, quimioterapia, certas doenças, alimentação deficiente (especialmente em vitaminas, minerais e proteínas), excesso de exercícios físicos, excesso de consumo de açúcar e de carboidratos refinados, repouso inadequado e estresse prolongado, entre outros. É importante procurar um médico ortomolecular ou nutricionista para investigação adequada.

A prevenção deve ser realizada por meio da alimentação, lembrando que não é suficiente apenas a ingestão de alimentos saudáveis, mas, sim, garantir um adequado aproveitamento dos nutrientes pelo organismo. Também deve ser realizado o uso de polivitamínicos e minerais, suplementação de ômega 3 (de origem animal) e uso do probiótico kefir e outros alimentos fermentados (chucrute, kimchi, kombucha, vegetais fermentados...) .

Alguns nutrientes presentes na nossa alimentação cotidiana são particularmente importantes para o nosso sistema imunológico, como zinco, selênio, cobre, manganês, enxofre, vitaminas C, E, D e A, betacaroteno, vitamina B6, ácido fólico, licopeno, ácidos graxos, ômega-3 e, por último, mas não menos importante, os flavonoides – um grupo que inclui mais de 8000 compostos já identificados com inúmeras propriedades benéficas para a nossa saúde.

Além disso é importante conhecermos os alimentos fonte destes nutrientes e estarmos atentos a incluí-los sistematicamente em nossa alimentação, além de evitar ao máximo produtos industrializados, refinados, com corantes artificiais e aqueles ricos em gorduras inflamatórias, como as dos óleos vegetais (soja, milho, canola, girassol), margarinas e azeites de oliva que não são extravirgem ou adulterados. Cuidado com o leite, que pode ser prejudicial para algumas pessoas. Na realidade este vendido nos supermercados não deveria ser tomado, apenas os orgânicos crus ou leites vegetais. Evitar também produtos a base de soja, principalmente os não fermentados.


Devemos evitar também alimentos ricos em frutose como xarope de milho, evitar o consumo de sucos de frutas (exceto o de limão sem açúcar), mel, xarope de bordo, açúcar demerara e mascavo. Evitar adoçantes, exceto a Stévia natural em pó (verde).

O que incluir na dieta – a alimentação deve ser muito variada, predominantemente de origem vegetal crua, mais de 70%, porém alguns alimentos de origem animal podem ser bastante úteis, como os peixes de águas frias e profundas (como a sardinha e anchovas, ricas em ômega-3). É muito importante o equilíbrio da flora intestinal, já que dependemos muito da saúde intestinal para uma adequada proteção imunológica. Os probióticos (micro-organismos vivos presentes nos iogurtes sem corantes artificiais, coalhadas, leites fermentados e kefir) e as fibras prebióticas (que favorecem a multiplicação dos micro-organismos probióticos, presentes no alho, cebola, batata yacon, aspargos, alcachofra, banana verde, raiz da chicória, entre outras fontes), possuem hoje um papel de destaque neste contexto.

E a genética? – Sabe-se que existem pessoas geneticamente mais propensas à baixa imunidade. A prevenção, principalmente por meio da alimentação, é de grande valia. Após a conclusão do Projeto Genoma, em 2003, que mapeou os nossos genes, passamos a entender que podemos identificar as nossas predisposições genéticas e interferir precocemente, muitas vezes antes que as doenças se manifestem. Com todos os avanços, estamos chegando a uma importante mudança de paradigma: não somos mais reféns da nossa hereditariedade. Dizemos que a Medicina do Século XXI é mais preventiva, mais preditiva e mais personalizada, dependendo do DNA de cada indivíduo, e voltada para atuar sempre de modo a evitar que as doenças se manifestem. O estudo MacArthur do Envelhecimento Bem Sucedido concluiu que apenas 30% do modo como envelhecemos depende dos nossos genes. Os outros 70% são determinados por nosso estilo de vida. Assim, mais do que nunca, reforçamos o papel da dieta em atuar na redução do risco de doenças e na promoção de um envelhecer com boa qualidade de vida.
 

Referências:

http://www.noticiasnaturais.com/2014/02/baixa-imunidade-e-alimentacao/

http://estaoteenvenenando.blogspot.com.br/