Epidermólise bolhosa (EB) é uma doença do tecido conjuntivo que causa bolhas na pele e membranas mucosas, com uma incidência de 1:50.000. Resulta de um defeito na fixação da epiderme na derme, o que provoca fricção e fragilidade da pele. Sua severidade varia desde casos leves até fatais.
Crianças afetadas pela EB costumam ser chamadas de "crianças-borboleta", porque se diz que sua pele é tão frágil quanto as asas de uma borboleta. Também são chamados de "bebês de algodão-doce" ou "crianças com pele de cristal".
Tratamento Natural
Descobriu-se que o sulforafano, uma substância encontrada no brócolis, reduz a formação de bolhas em modelos experimentais em camundongos, a um ponto em que os filhotes afetados não podem mais ser distinguidos visualmente, quando a substância é injetada em fêmeas prenhas (5 µmol/dia = 0,9 mg) e aplicada topicamente em animais recém-nascidos (1 µmol/dia = 0,2 mg em óleo de jojoba). [1]
Vários relatos de casos sugerem eficácia da vitamina E (300-600 UI / dia) para o manejo da epidermólise bolhosa. [2,3] A vitamina E atua como antioxidante, protegendo as membranas celulares e organelas intracelulares da peroxidação lipídica. [4] É possível que, no caso da epidermólise bolhosa, exista um defeito genético que afete o armazenamento de vitamina E nos tecidos ou a capacidade dos tecidos de usá-lo, o que necessita de um suprimento adicional. [4] (fonte).
Segundo o especialista ortomolecular, Andrew Saul, a vitamina E deve ser a natural, d-alpha tocopherol ou tocoferol. No Brasil, temos o Tocotrimax que é natural (deve-se perguntar quanto ela contém de alfa-tocoferol), outra opção importada é esta com 400 UI de d-alpha tocopherol.
As vitaminas C e E parecem ser muito importantes para a
cura e manutenção da saúde de sua pele. Drs. Wilfrid e Evan Shute usaram vitamina E,
tanto interna como externamente, em seu tratamento extremamente bem sucedido de
queimaduras de terceiro grau. Compressas de vitamina C (forma não ácida, como o calcium ascorbate) têm sido utilizadas em feridas
cutâneas graves com sucesso, superando a eficiência de antibióticos. Ambas as
vitaminas podem ser dadas internamente, além de aplicadas topicamente, sem
perigo de efeitos colaterais. Períodos de recuperação são rápidos um deles, e
provavelmente melhores com o uso de ambos. Mostre-me uma pessoa com problemas de pele
crônicos e, de duas pessoas em três, aposto que sua alimentação é deficiente em
vitamina E ou C (fonte).
Vale a pena também testar:
- dieta livre de glúten,
- usar roupas de algodão 100%, evitar cheiros artificiais,
- usar sabão natural sem fragrâncias sintéticas para lavar roupas (como este),
- não usar amaciantes
- para tomar banho, usar sabonete de castela cold process (este),
- fazer suplementação de vitamina C em megadoses (veja aqui) e seguir o protocolo do dr. Cícero Coimbra (com megadoses de vitamina D) com o acompanhamento médico. Segue uma lista de profissionais deste protocolo neste link.
Veja também esta lista de produtos de higiene pessoal livres de substâncias químicas nocivas e como limpar a casa sem produtos químicos nocivos (aqui).
Fontes:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4976416/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderm%C3%B3lise_bolhosa#cite_note-15
1. Michael Kerns; et al. (4 de setembro de 2007). «Reprogramming of keratin biosynthesis by sulforaphane restores skin integrity in epidermólise bolhosa simplex». Proc Natl Acad Sci U S A. 104 (36): 14460–14465. PMC 1964870. PMID 17724334. doi:10.1073/pnas.0706486104
2. Sehgal VN, Vadiraj SN, Rege VL, Beohar PC. Dystrophic epidermolysis bullosa in a family: Response to vitamin E (tocopherol) Dermatologica. 1972;144:27–34. [PubMed]
3. Ayres S., Jr Epidermolysis bullosa controlled by vitamin E. Int J Dermatol. 1986;25:670–1. [PubMed]
4. Sehgal VN, Sanyal RK. Vitamin E therapy in dystrophic epidermolysis bullosa. Arch Dermatol. 1972;105:460. [PubMed]