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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Saiba como se Adaptar com Shampoos Orgânicos e Usar Sabonetes 100% Naturais para Lavar os Cabelos!

                                          
Shampoo Natural Orgânico Vegano Lippia Alba Herbia 300ml ...
Embora menos nocivos para a saúde e para o meio ambiente, shampoos líquidos orgânicos ou 100% naturais podem ter algumas ‘desvantagens’. A primeira delas é que, ao contrário dos convencionais, por não conter lauril sulfato (veja aqui os motivos pelos quais você deve evitá-lo), eles fazem pouquíssima espuma, causando estranhamento em muitas pessoas. A segunda delas é que, dependendo da fórmula, quem tem cabelo misto ou oleoso pode sentir falta de uma limpeza mais eficaz.
Não digo que nenhum shampoo orgânico/100% natural limpa bem, não é isso, mas muitos deles têm a fórmula suave demais para as necessidades de quem tem o couro oleoso. Na verdade, o problema não é nem limpar de menos: eles limpam, mas para isso alguns ou precisam de reaplicação (você molha o cabelo, aplica o shampoo, massageia, retira e repete o processo – e isso gasta muito produto), ou necessitam de uma massagem bem completa e sistemática no couro para deixar tudo limpinho (e isso gasta tempo). Aí complica!
Como lidar com shampoos líquidos orgânicos/100% naturais?
O jeito correto de usar 
Shampoo é o angu de caroço dos produtos orgânicos, vou te falar! Não é uma regra, mas quando as pessoas fazem a transição de cosméticos convencionais para cosméticos desse tipo, é um dos itens que elas mais estranham e, na maioria das vezes, menos se adaptam. As reclamações vão desde “estranhei, não faz espuma” até “meu cabelo está opaco e grudado na cabeça, odiei”. Depois de um tempo é só amor, mas enquanto isso não acontece é preciso boas doses de paciência.
Bom, primeiro de tudo é bacana que você leia esse post – lá eu explico detalhadamente todos os malefícios dos cosméticos capilares convencionais, inclusive os shampoos. Caso você não vá ler agora, já adianto o currículo desses últimos: coceiras, descamação, ressecamento, dermatites. Além disso, são altamente poluentes e podem danificar as proteínas capilares.
Agora, indo direto ao que interessa, abaixo darei algumas dicas para quem quer se adaptar bem aos shampoos orgânicos/100% naturais. Veja só:

Começar a transição para produtos naturais é o primeiro passo


Usar um shampoo orgânico 100% natural enquanto você usa um condicionador convencional, com silicones e derivados de petróleo que não se dissolvem facilmente sem sulfatos (presente nos shampoo normais e ausente nos orgânicos 100% naturais, essas substâncias são responsáveis pela espuma e limpeza) não é uma boa. É claro que você pode fazer isso, mas tenha em mente que os produtos naturais tendem a funcionar melhor em cabelos que estejam “desintoxicados” ou em processo de desintoxicação de químicas nocivas que impermeabilizam o fio e dificultam que os ricos ativos vegetais penetram plenamente e tratem o cabelo.


Não é porque faz pouca espuma que o produto não limpa!


Uma das coisas que as pessoas mais estranham nos shampoos orgânicos 100% naturais é a pouca quantidade de espuma. De fato, se for comparar a espuma produzida por um shampoo normal e um shampoo orgânico, a diferença é enorme. No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que a espuma abundante não é essencial para garantir a limpeza. Um shampoo orgânico 100% natural é capaz, sim, de promover uma boa limpeza sem muita espuma.

Procure pelo produto certo

Quem tem cabelo misto (como o meu) ou oleoso, há três saídas possíveis: a primeira é encontrar um shampoo orgânico/natural líquido com uma limpeza mais potente – o de Acerola da Ikove (resenha aqui) e o de Murumuru da Surya estão entre os que tem certa fama positiva nesse quesito. Vale alertar que se você tem ressecamento no comprimento do fio deve ter em mãos um bom condicionador orgânico/natural para evitar ressecamentos. O óleo de coco extravirgem orgânico também pode ser utilizado para fazer hidratação ou como um antifrizz (óleo defrizante).
Fique atenta a ingredientes como alecrim, cedro, andiroba, tea tree (melaleuca), juá, chá verde, lavanda, sálvia, erva mate, pois são ingredientes bacanas para cabelos oleosos e mistos. Se você tem cabelos secos, ingredientes como aloe vera, cacau, cupuaçu, abacate, pracaxi, patchouli, gerânio, açaí e coco são legais. Lembrando, claro, que todos esses ingredientes deverão estar presentes em produtos indicados para esses tipos de cabelo. Não é porque tem alecrim em um shampoo para cabelos secos que ele vai funcionar para mim, que tenho cabelo misto.

Segue neste link uma Avaliação do Risco da Composição Química de Shampoos Orgânicos e Naturais Segundo o EWG.

A massagem no couro cabeludo é o segredo


Para ajudar a garantir uma boa limpeza você precisará, durante o banho, massagear bem o couro em toda a sua totalidade, para garantir que os fios não fiquem grudados ou sujos, principalmente na parte mais interna do cabelo. A massagem pode ser feita da seguinte forma:

  • Leve prendedores para o banho para ajudar no processo. Com os cabelos já molhados, divida-os: primeiro, faça uma divisão horizontal, separando a parte superior do cabelo (meio da cabeça até a raiz dos fios) e parte inferior (do meio da cabeça até a nuca). Prenda a parte inferior. Depois, sem mexer nela, divida somente a parte superior ao meio, como se fosse repartir o cabelo normal. No final o cabelo estará dividido em três partes.
  • Comece pela parte inferior: tire o prendedor, pegue um pouco de shampoo nas mãos, aplique só no couro ao longo dessa região, massageie bem. Enxague e repita o processo só que, dessa vez, ao invés de massagear e já enxaguar direto, deixe a espuma agir por 1-2 minutinhos, depois enxágue. Faça todo esse processo nas duas partes restantes também. Por último, solte as três partes e lave o comprimento do fio (meio e pontas) normalmente, não precisa ser separado.
  • Se você achar que dará certo, você pode arrastar a espuma formada durante a lavagem da raiz de cada parte e já limpar também o meio e as pontas de cada uma delas. Fica a seu critério!
  • Não se esqueça de, durante os períodos de massagem, desligar o chuveiro para não gastar água!
Se você achou esse processo muito trabalhoso, você pode tentar esse método de lavagem fora do chuveiro que a Yumi ensinou. Ou, ainda, você pode dividir o cabelo somente em duas metades, ou seja, repartir o cabelo ao meio e lavar cada lado individualmente (mais ou menos da mesma forma que falei no passo a passo ali acima, sempre focando em massagear bem a raiz). É mais rápido e prático, mas dependendo do shampoo o cabelo pode não ficar tão limpo.

Aumentando o poder de limpeza do shampoo orgânico/natural com bicarbonato de sódio e vinagre!


Se você tem cabelo misto ou oleoso, apelar para o bicarbonato pode ser uma boa saída, caso a limpeza não esteja sendo suficiente (aqui eu explico melhor, veja). Ele deverá ser aplicado na raiz com um borrifador (ele estará diluído em água, obviamente) e, sem enxaguar, você começa qualquer um dos métodos de limpeza ensinados acima, aí a solução de bicarbonato será enxaguada junto com a espuma formada na primeira aplicação do shampoo. Na segunda aplicação (se você achar que precisa de uma) você não precisará usar o bicarbonato de novo, aplicará o shampoo, massageará e enxaguará tudo normalmente.

O inconveniente de usar o bicarbonato é que depois de usá-lo, aplicar e reaplicar o seu shampoo, enxaguar e etc, antes de usar o condicionador, você precisar aplicar vinagre diluído nos cabelos (depois enxágue e aplique o condicionador). Isso é necessário porque o bicarbonato altera o pH dos cabelos, deixando os fios meio alcalinos. Com isso, o cabelo tende a ficar meio “duro” e sem vida, e para evitar isso você precisa corrigir esse pH com vinagre, que dará brilho e maciez aos fios.

Para quem tem medo de não se adaptar aos shampoos orgânicos/naturais


Se você tem medo de estranhar muito, não gostar ou não dar certo com shampoos orgânicos 100% naturais mesmo com essas dicas, sugiro que você opte por shampoos de marcas intermediárias. São marcas que oferecem produtos que não são nocivos como os shampoos convencionais, mas também não são exatamente tão puros quanto alguns shampoos orgânicos. Eu acho a marca Color Fixation da Surya uma das melhores opções nesse sentido. Os produtos tem uma fórmula boa, com muitos ativos naturais, além de cruelty-free.

Não se deu bem com shampoo líquido? Tente sabonetes em barra 100% naturais!

Muitas leitoras gostam de usar sabonetes em barra 100% naturais para lavar os cabelos. São mais econômicos, fazem mais espuma e, se você achar o mais adequado para o seu cabelo, ele limpará eficazmente sem ressecar muito. Já vou avisando que não é uma tarefa tão fácil, às vezes você pode não dar certo com alguns produtos até encontrar um que realmente funcione, mas a vantagem é que, se não funcionar como shampoo, o sabonete poderá ser usado para o corpo mesmo!

Aqui eu ensinei a usar sabonetes 100% naturais como shampoo e dei algumas dicas de marcas.


Obs.: essa alternativa não se aplica a sabonetes convencionais, só os sabonetes 100% naturais!

Acho que vale reiterar que não são todas as pessoas que tem dificuldade de adaptação com shampoos orgânicos 100% naturais, às vezes você pode dar certo de primeira, mas como é um problema recorrente e recebo vários comentários sobre isso, achei que seria bacana falar sobre. Pode ser um pouco trabalhoso todo o processo, eu sei, mas com o tempo você vai ver que vale a pena e nem vai achar tão trabalhoso. Seu cabelo ficará bem melhor, sua saúde agradecerá e o meio ambiente também!


Procure pelo produto certo
Quem tem cabelo misto (como o meu) ou oleoso, há três saídas possíveis: a primeira é encontrar um shampoo orgânico/natural líquido com uma limpeza mais potente – o de Acerola da Ikove e o de Murumuru da Surya têm fama positiva nesse quesito.
Só vale alertar que os shampoos citados são indicados, principalmente, para cabelos oleosos, portanto tenha em mãos um bom condicionador para evitar um possível ressecamento no comprimento do fio. Aliás, para evitar um pouco desse problema, evite passar shampoo diretamente nessa região, aproveite a espuma já formada na raiz.

Se o shampoo não deu certo, faça-o funcionar!
A segunda é usar dar truque, ou seja, se o produto não limpa como você quer, faça-o funcionar de alguma forma. A Yumi, do blog Projeto Beleza Saudável, ensina nesse post como ela contorna o problema. Assim como eu, ela não se deu perfeitamente bem com o shampoo Lippia Alba da Herbia, mas depois que passou a “fazê-lo funcionar”, gostou bastante do resultado.

Se você não pode gastar muito ou se tudo der errado…
Use sabonetes 100% naturais para lavar o cabelo
Por último, a terceira é usar sabonetes 100% naturais/orgânicos nos fios. Essa alternativa eu aprendi com a Michelle do blog Tantas Plantas: há alguns anos ela usou sabonete em barra natural para lavar os fios e desde então nunca mais quis saber de shampoo líquido. Inspirada por ela resolvi tentar e, adivinha, gostei demais do resultado!
O motivo pelo qual eu achei essa alternativa mais bacana é que um sabonete em barra 100% natural e artesanal custa uns R$ 16,00 (um shampoo líquido orgânico 100% natural custa R$ 30, em média);  tem um excelente rendimento, dura muito mais que um shampoo líquido e costuma a limpar bastante.
No entanto, vale lembrar que, dependendo da fórmula do produto, como desvantagem o cabelo pode ressecar um pouco, principalmente se o seu for misto.

Por último, acho importante dizer que isso só dá certo se for sabonetes 100% naturais/orgânicos, livre de químicas nocivas, como os da Semente de Gaia (os shampoos em barra), da Sachi (a Michelle do Tantas Plantas já resenhou vários aqui) e da Sal da Terra. Sabonetes comuns como, sei lá, Lux, Dove, Phebo e similares não funcionam para isso – a menos que você queira virar um espantalho!
  • Como usar sabonete 100% natural para lavar o cabelo: você pode fazer espuma com o sabonete nas mãos e passá-las no cabelo ou pode passar suavemente o sabonete direto no couro (fazendo “riscos” com ele em algumas mechas – não precisa aplicar na cabeça toda) – aí depois você massageia o couro normalmente (só não esfregue o sabonete na cabeça loucamente, pelo amor de Deus!). Evite aplicar o sabonete no comprimento do fio (para não ressecar), aproveite a espuma do couro para lavar a região.  
Shampoo orgânico líquido: que tipo de cabelo costuma a se adaptar melhor a ele?
De um modo geral, shampoos líquidos orgânicos/naturais costumam a dar mais certo para pessoas de cabelo seco a normal (desde que o produto seja indicado para esses tipos de cabelo, claro, se você tem cabelo seco não faz sentido usar algo para cabelo oleoso) – possuem limpeza suave, não agridem o fio, portanto tendem a ressecar menos. Não é uma regra, obviamente, mas costuma a ser assim.
 
Referências:

http://lookaholic.wordpress.com/2013/02/28/sobre-lidar-com-shampoos-organicos-e-usar-sabonetes-100-naturais-para-lavar-os-cabelos/ 


http://lookaholic.wordpress.com/2013/09/11/aprendendo-a-usar-shampoos-organicos100-naturais/

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

5 Receitas Caseiras de Cremes Dentais e 1 de Shampoo com Juá

Editado em 02/08/2018.

Encontrar produtos de higiene sem substâncias tóxicas pode ser uma tarefa complicada. São poucas as empresas que oferecem produtos assim e estes, nem sempre, possuem valor acessível. Entretanto, criar seus próprios produtos a partir de ingredientes vegetais é bastante simples, barato e saudável. Veja a seguir dicas de higiene pessoal com o uso do juá e outros.

A raspa de juá é produzida a partir da entrecasca da árvore, que é transformada em pó. O juá é rico em saponinas,que possuem ação detergente natural, higienizante, adstringente e antisséptica. É utilizado na fabricação de produtos cosméticos e de higiene, tais como shampoos, cremes e pastas de dente.

O juá é bom para os dentes, combate as cáries, placa bacteriana, mau hálito, clareia e limpa naturalmente. Na pele do rosto, promove limpeza e esfoliação. Nos cabelos, o juá limpa, fortalece, combate a queda, caspa e seborreia, e controla a oleosidade. Você pode utilizar a raspa do juá pura, diluindo em um pouco de água, ou ainda preparar misturas com ervas e vegetais. Veja as sugestões abaixo.

Shampoo Natural de Juá

  • 500 ml de água filtrada;
  • 3 colheres de sopa de raspa de juá em pó (compre aqui);
  • 1 folha de babosa;
  • 2 colheres de sopa de jaborandi;
  • 2 colheres de sopa de alecrim;
  • 8 cravos da índia;
  • 1 colher de sopa de canela;
  • 3 gotas de óleo de copaíba (compre aqui)
Leve o jaborandi, o alecrim os cravos e a água ao fogo até atingir a fervura. Desligue o fogo, tampe e deixe em infusão por cerca de 30 minutos. Coe e bata este chá no liquidificador com a polpa da babosa. Adicione a raspa de juá, a canela, e o óleo de copaíba e misture bem. Coloque em frascos tampados e deixe descansar de um dia para o outro. Trata e limpa os cabelos sem ressecá-los.

Os ingredientes utilizados nestas preparações caseiras possuem propriedades antissépticas, antifúngicas e antibacterianas, que por si só promovem a conservação dos produtos. O óleo de copaíba também atua como antibiótico. Ainda assim, por ser natural, é interessante conservar em geladeira e manter fora apenas uma quantidade pequena que sirva para utilização de poucos dias. Algumas gotas de óleo essencial de cedro podem ser utilizadas como conservante natural, bem como óleo de cravo. Você pode variar as demais ervas de acordo com o resultado que desejar.

Pasta de Dente Natural 1

Receita à base raspa de juá:
  • 2 colheres de sopa de raspa de juá;
  • 2 colheres de sopa de menta desidratada ou 1-10 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta;
  • 3 cravos da índia;
  • 1 pitada de canela em pó;
  • 50 ml de água filtrada;
  • 1 colher de sobremesa de Xylitol ou 5 gotas de Stevia natural.

Modo de Preparo:

Leve a menta e os cravos para cozinhar junto com a água, em fogo baixo, por 5 minutos. Coe, adicione o juá, a Stevia e a canela e misture bem. Aplique uma pequena quantidade sobre a escova de dentes e escove normalmente. Acondicione em recipiente tampado e conserve em geladeira.

Pasta de Dente Natural 2

O coco faz parte de muitas receitas culinárias. O que você pode não ter imaginado é que ele pode ser utilizado também, na forma de óleo, em uma receita de pasta de dentes. Juntamente com ele, será necessário um outro ingrediente que talvez você não conheça: a argila bentonítica em pó. A argila bentonítica também pode ser encontrada em lojas especializadas e também em alguns sites de confiança na internet. Ela atua no fortalecimento dos dentes e na remoção da placa bacteriana. A dolomita clareia os dentes e evita cáries. O óleo de Tea Tree possui 40% de Terpinen-4-ol, responsável pela sua forte atividade antimicrobiana (antibacteriano, antifúngico, antiviral e antiprotozoários).
Esta receita é a minha favorita. 

No entanto, é importante que, ao reunir os ingredientes, você atente para uma questão: quando for comprar o pó de argila branca, compre aquele cujo rótulo expressa que ela pode ser ingerida. Existem várias opções nas lojas, por isso fique esperto!


OBS: O óleo de coco se solidifica abaixo de 24º C e a pasta de dente não ficará tão boa para uso com tais temperaturas, pois as a mistura se separa e apenas aquecendo em banho-maria conseguiremos misturá-la novamente. Neste caso, a receita pode ser preparada sem o mesmo.

Receita à base de argila branca (fonte):

  • 1/2 de xícara de argila bentonítica ou argila branca ou dolomita (melhor opção);
  • 1/8 de colher de chá de sal marinho integral (flor de sal);
  • 2 colheres de chá de bicarbonato de sódio (99% ou P.A.);
  • 1 colher de chá de Stevia natural;
  • 2/3 de xícara de água;
  • 1/4 de xícara de óleo de coco (opcional);
  • 4 a 6 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta;
  • 1 a 2 gotas de óleo essencial de tea tree
 Modo de preparo:

Primeiro, coloque a argila ou a dolomita numa vasilha, adicione o sal marinho, o bicarbonato de sódio, o óleo de coco e a água e misture-os com uma batedeira, ou misturador manual. A consistência deve ficar similar a de um creme dental industrializado. Adicione a Stevia e os óleos essenciais, segundo a sua preferência e mexa até que fique uniforme. Por fim, guarde a receita em um recipiente de vidro com tampa ou outro. Retire a pasta de dente com uma colher e coloque na escova. Umedeça a escova de dentes, acrescente a pasta e escove os dentes suavemente. Caso prefira uma pasta de dente sem o óleo de coco, pode não adicioná-lo à receita e a mesma será suficiente para três escovações.

Pasta de Dente Natural 3

A aloe vera, também chamada de babosa, é muito usada na cicatrização de queimaduras. O seu uso na escovação dos dentes é muito recomendado principalmente para as pessoas que sofrem de gengivite. A razão para isso é que as suas propriedades cicatrizantes não agridem o delicado tecido das gengivas, além de serem eficazes na limpeza dos dentes. Essa receita é bem fácil de fazer e só são necessários três ingredientes.

Receita à base de aloe vera:


Modo de preparo:

Junte todos os ingredientes em um recipiente limpo e mexa por alguns minutos. Depois, é só mergulhar a sua escova de dentes nessa mistura e escovar normalmente. O gel de aloe vera (puro) pode ser encontrado em muitas farmácias homeopáticas, outras lojas especializadas ou on-line no link acima.

Pasta de Dente Natural 4

Receita à base de bicarbonato de sódio (fonte):
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio (P.A. ou 99%);
  • algumas gotas de água filtrada;
  • 1 gota de óleo essencial de hortelã-pimenta ou de limão.

Modo de Preparo:

Misture os ingredientes em uma tigela e mexa bem. Depois, escove os dente suavemente.

Receita de Pasta de Dente em Pó ou Pó Dental 5

  • 4 colheres de sopa de argila bentonítica ou argila branca (compre aqui);
  • 3 colheres de sopa de carbonato de cálcio (comprar aqui);
  • 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio (P.A. ou 99%, adquirido em farmácias)(opcional);
  • 2 colheres de sopa de menta em pó (opcional, ou pode usar o óleo essencial). Para moer a menta, bata a mesma no liquidificador, processador de alimentos ou moedor de café;
  • 1 colher de sopa de canela em pó;
  • 1 colher de sopa (ou mais a gosto) de xilitol em pó ou Stevia natural;
  • 3-10 gotas de óleos essenciais para dar sabor (opcional): hortelã-pimenta, hortelã ou canela são bons.

Modo de Preparo:

Misture bem os ingredientes e utilize um frasco com tampa para armazenar o pó. Para utilizá-lo umedeça a escova e a encoste suavemente no pó dental e proceda com a escovação normalmente.

Cuidado com as receitas à base de água oxigenada!


Há receitas disponíveis na internet que são à base de água oxigenada. É importante que você tome muito cuidado com elas, porque não há um consenso entre os especialistas sobre os efeitos nocivos que essa substância provoca na mucosa bucal. Por essa razão, é melhor optar pelas receitas que não levam água oxigenada em sua composição.

Mas por que fazer o seu próprio creme dental?


Nas prateleiras dos supermercados e farmácias, podemos encontrar uma grande variedade de pastas de dentes, todas elas devidamente embaladas em seus tubos e caixinhas de papelão. No entanto, essas embalagens representam um problema ambiental muito relevante no que concerne tanto à sua fabricação quanto ao seu descarte. A reciclagem é certamente uma solução para o descarte delas, mas fabricar a sua própria pasta de dentes e guardá-la em um recipiente irá contribuir para a minimização dos danos ao meio ambiente resultantes da fabricação de tais embalagens.


Além desse, muitos outros benefícios podem ser obtidos por meio das pastas de dentes caseiras. Muitas pastas de dentes disponíveis no mercado contêm lauril sulfato de sódio, uma substância detergente que pode provocar aftas em usuários que possuem a mucosa bucal muito sensível. Há, inclusive, casos de pessoas que desenvolvem processos alérgicos aos componentes das pastas de dentes convencionais, apresentando, além de aftas, sangramentos, vermelhidão e coceira nas gengivas.

Um estudo intitulado "Citotoxidade e Abrasividade de Alguns Dentifrícios" e desenvolvido na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, constatou que há pastas de dentes que são mais tóxicas que outras, devido ao uso cada vez mais frequente de determinados ingredientes. Um exemplo claro disso são os cremes dentais clareadores que possuem grandes quantidades de compostos abrasivos altamente agressivos. Esses abrasivos altamente agressivos são substâncias como o carbonato de magnésio, o carbonato de cálcio, o gel de sílica desidratado, o óxido de alumínio hidratado e os sais fosfato e eles podem danificar o esmalte dos dentes. Ainda se sabe pouco sobre os reais efeitos de tais componentes e tudo indica que algumas pessoas podem apresentar maior sensibilidade a eles.


Por fim, sabe-se que é um direito do consumidor ter o devido acesso às informações referentes ao produto que ele adquiriu. Segundo o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) todos os rótulos devem informar com clareza a quantidade, o peso, a composição, as características, a qualidade, o preço e todos os possíveis riscos que o produto apresenta. Infelizmente, isso nem sempre acontece e o consumidor acaba adquirindo um produto sem saber exatamente o que ele contém. Em pesquisa desenvolvida pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor), que avaliou dezoito amostras de cremes dentais e cinco de enxaguatórios bucais direcionados ao público infantojuvenil, foi constatado que os rótulos apresentavam a falta e a divergência de informações. Outro fato preocupante também foi constatado: algumas marcas não alertavam devidamente sobre os reais riscos do uso inadequado dos produtos. Portanto, uma alternativa para garantir, na medida do possível, o controle sobre aquilo que você está consumindo sem depender de rótulos mal formulados é fabricar você mesmo os produtos que fazem parte do seu cotidiano.


Para adquirir alguns óleos essenciais orgânicos como o de Tea Tree, clique aqui ou aqui e o de hortelã-pimenta (mentha piperita) aqui.

Referências:

http://wellnessmama.com/5252/remineralizing-tooth-powder/

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2015/09/09/toxic-toothpaste-ingredients.aspx

http://www.veggietal.com.br/jua-higiene-natural/

http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/2088-saiba-como-porque-fazer-produzir-sua-propria-pasta-de-dentes-caseira-creme-dental-caseiro-faca-voce-mesmo-em-casa-porque-higiene-bucal-sorriso-saudavel-halito-refrescante-evite-risco-saude-humana-meio-ambiente-composicao-substancias-toxicas.html

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Faça 3 Produtos de Beleza Naturais e Livres de Substâncias Cancerígenas

  
Muitas vezes temos dificuldade de encontrarmos cosméticos sem substâncias nocivas à nossa saúde. Faça você mesmo seus cremes hidratantes, desodorantes e brilhos labiais e fique saudável e ainda economize! 

- Lábios ressecados:

Essa receita é para os lábios que não resistem às constantes mudanças de temperatura:
- 2 colheres (sopa) de óleo de canela;
- 2 colheres (sopa) de açúcar mascavo (orgânico);
- Uma gota de óleo essencial (orgânico) de hortelã.

Misture todos os ingredientes e guarde em um recip
iente pequeno. Com o dedo esfregue a mistura na boca em movimento circular, depois enxágue.
Obs.: Se quiser preparar também o óleo de canela, coloque alguns paus de canela dentro um frasco e azeite de oliva extravirgem (Andorinha em garrafa verde-escuro). Deixe os dois ingredientes no vidro fechado escuro (ou vidro transparente em local escuro) por duas semanas. Passado esse tempo, você poderá retirar o líquido.

- Creme para pele:

  Para manter a pele macia e hidratada. Indicado para pele muito seca ou que resseca com facilidade.
- 1 xícara de manteiga de Karité;
- 1/2 xícara de óleo de coco orgânico;
- 1/2 xícara de óleo de amêndoas orgânico.
 O primeiro passo é derreter a manteiga, misturando-a ao óleo de coco. Após retirar do fogo, deixe esfriando por 30 minutos. Depois coloque o óleo de amêndoas e, se quiser, acrescente óleos essenciais de sua preferência (lavanda é o meu favorito).
Coloque a mistura no congelador e espere até que ela possa se solidificar parcialmente. Bata essa mistura até que a consistência fique parecida com a da manteiga. Armazene o composto em um frasco de vidro limpo e está pronto.

- Gloss caseiro: 


Essa receita é para quem não dispensa uma cor nos lábios, mas tem dificuldades em encontrar batons que não sejam produzidos com derivados de petróleo.

- 3 colheres (sopa) de cera de abelha;
- 3 colheres (sopa) de óleo de coco extravirgem (orgânico);
- 3 colheres (sopa) de manteiga de cacau;
- 3 colheres (sopa) de manteiga de karité;
- 2 colheres de chá de pó de hibiscus (compre aqui) (corante natural, opcional);
- 2 gotas do seu óleo essencial refrescante como limão ou hortelã.

Derreta a cera de abelha em uma vasilha de vidro em banho-maria em fogo baixo. Adicione o óleo de coco, manteiga de cacau e manteiga de karité. Derreta todos os ingredientes juntos e ao desligar o fogo, misture óleos essenciais orgânicos e o pó de hibiscus. 

Usando um funil ou pipeta, despeje o líquido derretido em seus recipientes de batom ou brilho labial. Deixe que o produto esfrie completamente para endurecer. Cubra com tampa e decore seu rótulo e os mantenha na geladeira.

Uma dica: Óleo de coco extravirgem (orgânico) é excelente para hidratar cabelos, lábios e pele, além disso você estará absorvendo, através da pele, apenas substâncias saudáveis! 


Caso você prefira comprar o seu cosmético, pesquisei extensivamente várias marcas e verifiquei cada componente de sua fórmula e indico esta Lista de Cosméticos sem Substâncias Químicas Nocivas. Verifique sempre o rótulo, baseie-se no post aqui publicado.

Referências:


http://www.deliciouslyorganized.com/2011/10/diy-delicious-cinnamon-sugar-lip-scrub.html 


http://ciclovivo.com.br/noticia/aprenda-a-fazer-5-produtos-de-beleza-caseiros-e-naturais


http://www.rawmazing.com/homemade-body-butter-recipe/


http://www.babble.com/best-recipes/kitchen-beauty-finding-beauty-products-in-the-kitchen/#lip-love


Substâncias Nocivas à Saúde Presentes em Cosméticos, Alimentos e Medicamentos

            

Não é costume dos brasileiros, ler o rótulo de um cosmético para saber quais são seus ingredientes antes de comprá-lo, mas isto é essencial. Diariamente, somos bombardeados por inúmeras substâncias químicas que não conhecemos nem o nome, mas elas podem provocar danos à nossa saúde.

A maioria das pessoas só se preocupa com os parabenos e acha que se um produto não os contêm, é seguro. Você já ouviu falar de retinil palmitato, oxibenzona, triclosan? Saiba que embora você quase não ouça falar muito dessas substâncias, elas são ainda mais polêmicas que os parabenos.

O intuito desse post é informar, dar um pequeno alerta sobre o que podemos encontrar nos cosméticos que usamos diariamente. Utilize produtos orgânicos certificados e mesmo assim você deve verificar os seus ingredientes. A certificação da IBD (não leva em consideração a água no cálculo do percentual) ou da Ecocert (leva em consideração a água no cálculo do percentual) para cosméticos orgânicos determina que 95% de seus componentes sejam orgânicos, mas verifique se os outros 5% sintéticos são seguros (fonte)!

Triclosan

Triclosan é um agente antibacteriano e conservante frequentemente encontrado em desodorantes, cremes dentais, sabonetes líquidos ou em barra, produtos antiacne. Segundo o Environmental Working Group (EWG) – organização americana que, dentre outras coisas, é especializada em pesquisa nas áreas de produtos químicos tóxicos – o Triclosan está ligado a distúrbios endócrinos (mesmo em baixas concentrações), bioacumulação (com o tempo, sua atividade antibacteriana torna-se ineficaz) e pode provocar câncer, também é classificado como alergênico (pele, olhos e pulmões) pela União Europeia.

Alumínio (aluminum powder) e derivados (magnesium aluminum silicate, por exemplo)

 O alumínio (e outros ingredientes que o contenha, por exemplo o Alumen presente no desodorante Crystal e vários outros) é frequentemente associado a casos de câncer de mama, principalmente se você se depila (utilizando aparelho de barbear) frequentemente (fonte), danos no sistema nervoso, ou seja, é apontado como uma possível neurotoxina (fonte), constipação intestinal, cólicas abdominais, anorexia, náuseas, fadiga, alterações do metabolismo do cálcio (raquitismo), Mal de Alzheimer e durante a fase da infância pode causar hiperatividade e distúrbios do aprendizado (fonte).

Chumbo

O chumbo é um metal pesado que possui efeito cumulativo (ele não é degradado pelo corpo, apenas vai se acumulando com o passar do tempo) e causa danos arrasadores ao organismo, dependendo da concentração, pode ocasionar anemia, distúrbios renais, neurológicos, ósseos, e até câncer.

Benzophenone-3, também conhecida como Oxibenzona ou Oxybenzone (em inglês)

Oxibenzona é um ingrediente comumente encontrado em protetores solares, cuja função primária é absorver a luz ultravioleta. Foi banida na Suécia e segundo o EWG, o ingrediente pode causar disfunção hormonal, é absorvida através da pele em quantidades significativas e contamina os corpos de 97% dos norte-americanos (de acordo com Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência federal americana responsável por administrar programas nacionais de prevenção e controle de doenças contagiosas).
Além disso, em 2006, o SCCP (Scientific Committee on Consumer Products) Europeu considerou a Oxibenzona como um possível ingrediente alergênico e fotoalergênico (isto é, torna o usuário mais sensível à luz solar).

Parabenos (Ethylparaben, Methylparaben, Propylparaben, dentre outros)

Com certeza vocês já devem ter ouvido falar dos polêmicos parabenos, conservantes largamente utilizados pela indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética. Eles geralmente vem acompanhados dos nomes Metil, Butil, Propil, Etil, Isobutil, Isopropil e são facilmente identificáveis nos ingredientes dos mais variados cosméticos.
Segundo o EWG, há fortes evidências de que os parabenos tenham ação estrógena. No final de 1998, a equipe do pesquisador John Sumpter da Universidade de Brunel, Grã-Bretanha, publicou um trabalho identificando os parabenos como mimetizadores estrogênicos, o que pode gerar disfunções no comportamento hormonal e aumentar a suscetibilidade ao câncer de mama, por exemplo.
Um estudo publicado na Revista de Cosmetologia afirma: “há razão para preocupação sobre os efeitos endócrinos dos parabenos devido à alta exposição humana a esses compostos. Ainda existem dúvidas sobre sua toxicidade e seu metabolismo, sendo necessário conduzir mais estudos”.

Mineral oil ou Paraffinum Liquidum (óleo mineral)

Devemos evitar o óleo mineral porque pode obstruir os poros, acumular-se na pele e cabelos, não possui qualquer valor nutritivo, pode ocasionar envelhecimento cutâneo, além de interferir nos mecanismos de hidratação natural da pele. Além disso, em 2002, um estudo do National Toxicology Program trouxe evidências sobre o óleo Mineral ser cancerígeno quando inalado (em produtos aerossol).

Phenoxyetanol

O phenoxyethanol é um conservante que previne a formação de microorganismos e também costuma a ser usado em fragrâncias, como estabilizador. Segundo o EWG, na União Europeia o phenoxyethanol é classificado como um componente alergênico. Além disso, estudos apontam o phenoxyetanol como uma possível neurotoxina, ou seja, pode afetar o sistema nervoso a médio e longo prazo. Há alguns anos, um alerta d FDA também apontou efeitos neurológicos do phenoxyetanol.

Benzyl alcohol (álcool benzílico) e Sodium benzoate (benzoato de sódio)

O álcool benzílico pode causar alergia, ressecamento da pele e danos através dos radicais livres, lado a lado com o álcool etílico, metanol, álcool isopropílico e álcool SD, segundo o site Paula’s Choice.
De acordo com o site Truth in Aging, embora o sodium benzoate em si seja considerado um ingrediente relativamente seguro, ele é frequentemente encontrado nas fórmulas que também contêm vitamina C ou E, e essa combinação pode gerar o benzeno, que é cancerígeno.
Em maio de 2007, um professor de biologia molecular e biotecnologia da Universidade de Sheffield e especialista em envelhecimento chamado Peter Piper ligou os benzoatos a danos celulares. Segundo ele, o conservante causa um aumento da produção de radicais livres, relacionados a doenças graves e ao envelhecimento. Outra pesquisa feita por ele em 1999 apontou que os benzoatos podem atacar as mitocôndrias das células.

Etanolaminas (DEA, MEA, TEA – diethanolamine, monoethanolamine e triethanolamine, respectivamente) e compostos que levem DEA, MEA e TEA no nome (ex: Cocamide DEA, Cocamide TEA, TEA-Lauryl Sulfate, etc)

Etanolaminas são compostos de amônia usados ​​em cosméticos como emulsificantes e agentes de formação de espuma. The Material Safety Data Sheet observa que a exposição prolongada a esses compostos pode resultar em insuficiência hepática, renal ou lesão do sistema nervoso (fonte). Também observa que os estudos em animais com a DEA e a MEA têm mostrado uma tendência para estimular a formação de tumores e causar anormalidades no desenvolvimento de um feto. Segundo a FDA, o Programa Nacional de Toxicologia (NTP) concluiu um estudo em 1998 que encontrou uma associação entre a aplicação tópica de DEA e seus derivados e câncer (leia mais).

Sodium Lauryl Sulfate (SLS) ou Lauril Sulfato de Sódio

Um dos agentes de limpeza mais usados: você vai encontrá-lo em shampoos, detergentes, sabonetes, etc. É um ingrediente irritante (assim como o Ammonium lauryl sulfate) para pele e olhos, tóxico em órgãos do nosso corpo, apresenta toxicidade reprodutiva , neurotoxicidade, possíveis mutações e câncer (fonte). Além disso, o SLS é considerado uma toxina ambiental, ou seja, polui o meio ambiente.

Benzyl Benzoate

É usado como solvente, conservante, pode causar dermatite de contato, alergias, distúrbios endócrinos (fonte: Truth in AgingEWG) , danos no sistema nervoso, principalmente em crianças (fonte) e câncer de mama (fonte). Seu uso é restrito a fragrâncias. Listado como alergênico pela União Europeia. 

Tocopheryl Acetate (Acetato de Tocoferol)

É usado como antioxidante e pode causar alergia/dermatite de contato; estudos apontam formações de tumores em altas doses desse composto (fontes: EWGTruth in Aging). Várias marcas chamam o Acetato de Tocoferol de “vitamina E”, mas não é. A vitamina E natural é o tocoferol (tocopherol) e não, Acetato de Tocoferol!

Tolueno (toluene), formol ou formaldeído (formaldehyde) e DBP (dibutil ftalato ou dibutyl phthalate)

O tolueno atua como solvente/antioxidante e é frequentemente encontrado em esmaltes (mas não só neles!), assim como o formol e o DBP. No EWG o tolueno tem no 10, ou seja, é extremamente nocivo. Segundo o EWG, o tolueno é altamente irritante, tóxico para o sistema respiratório e há evidencias limitadas de toxidade para o sistema cardiovascular, renal, dentre outros.
O formol é usado como conservante e desnaturante e tem nota 10 no EWG. Não é novidade para ninguém que o formol é comprovadamente cancerígeno (de acordo com o IARC), fortemente irritante e tóxico para o sistema respiratório. Assim como o tolueno e o formol, o DBP (que atua como solvente – dentre outros usos) tem nota 10 no EWG. O DBP é proibido na União Europeia, pode causar distúrbios endócrinos e é tóxico para o sistema respiratório.

Propylene Glycol

Atua como agente umectante e controlador de viscosidade, dentre outros usos. Está relacionado a possíveis alergias, dermatites de contato, além de poder intensificar a penetração de outros ingredientes na pele. Pode ser tóxico para o sistema reprodutivo e carcinogênico (fonte).

PEGs (polyethylene glycols) e seus derivados

PEGs são amplamente usados ​​em cosméticos como agentes espessantes, emulsificantes, solventes, etc. Geralmente os PEGs vem acompanhados de números: PEG-100, PEG-7, PEG-8 (dentre centenas de outros) e esses números indicam o peso molecular aproximado do composto. Quanto menor for esse peso molecular, mais facilmente ele poderá penetrar na pele (e claro que isso depende da condição em que se encontra a mesma).
As preocupações relativas aos PEGs são que eles podem ser contaminados com impurezas: os PEG-4, PEG-7, PEG-4-dilaurato, PEG 100) podem ser contaminados com o Ethylene oxide (óxido de etileno), que é extremamente tóxico. Os PEG-6, PEG-8, PEG-32, PEG-75, PEG-150, por exemplo, podem ser contaminados com 1,4-dioxane, que é cancerígeno. Óbvio que os fabricantes atuam de modo a tentar eliminar essas contaminações, mas será que todos conseguem? Não estou segura acerca disso.
PEGs podem causar irritações e sensibilizações em peles predispostas e algo preocupante acerca desses compostos é que eles podem facilitar a penetração de outros ingredientes da fórmula do produto que o contiver. Definitivamente, os PEGs são extremamente polêmicos e devido ao seu amplo uso nos cosméticos, é mais seguro evitá-los.

BHT (Butylated hydroxytoluene)

O BHT é um conservante amplamente usado para prevenir a oxidação de óleos capilares/faciais/corporais, batons, bases (e até em alimentos como margarinas, lasanhas). Segundo o European Food Safety Authority, esse ingrediente é alergênico, tóxico para o sistema imune e tem limitadas evidencias de cancinogenicidade.
De acordo com EWG, um ou mais ensaios in vitro em células de mamíferos apresentaram resultados positivos para mutação e um ou mais estudos mostram a formação de tumores em doses elevadas. BHT foi proibido como conservante em alimentos em países como Japão, Romênia, Suécia e Austrália. No Brasil, infelizmente, ele é permitido, e bastante usado.

BHA (Butylated hydroxyanisole)

Assim como o BHT, o BHA é um conservante usado para prevenir a oxidação de produtos como batons, sombras. No EWG, esse ingrediente tem nota 9-10, numa escala de risco que vai de 0 (inofensivo) a 10 (perigoso). O BHA está na lista de “ingredientes banidos ou considerados inseguros para uso em cosméticos” da União Europeia, além de ser indicado como alergênico pela mesma.
De acordo com o European Commission on Endocrine Disruption, o BHA é considerado um desregulador endócrino e para o IARC (International Agency for Research on Cancer), esse ingrediente é possivelmente cancerígeno. Como se não bastasse, o BHA pode ser bioacumulativo (ou seja, pode acumular no corpo de seres vivos).

 DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea, Diazolidinyl urea

DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea e Diazolidinyl urea são conservantes frequentemente encontrados em produtos capilares (shampoo, condicionador, etc), hidratantes faciais, sombras. De acordo com o EWG, esses ingredientes são apontados como alergênicos e possíveis desencadeadores de dermatite de contato. Além disso, podem conter impurezas de formaldeído (cancerígeno e altamente alergênico) ou liberá-lo. Apesar de existirem alternativas sintéticas, os ingredientes Imidazolidinyl urea e Diazolidinyl urea também podem ser obtidos através de urina e outros fluidos corporais de mamíferos.

Fragrance/Parfum (fragrância/perfume)

Em um cosmético, a fragrância pode derivar de óleos essenciais/flores e plantas (como geralmente ocorre em cosméticos naturais/orgânicos) ou pode ser sintética. De acordo com o SCCNFP (The Scientific Committee on Cosmetic Products and Non-Food Products Intended for Consumers), fragrâncias sintéticas são tóxicas para o sistema imune. Tanto o SCCNFP quanto o Scientific Committee on Consumer Safety apontam as fragrâncias sintéticas como alergênicas. O EWG também indica que as mesmas possam ser tóxicas para o sistema respiratório.
Além de todos esses problemas, a “zebra” acerca das fragrâncias é que quando lemos “fragrance/parfum” em um rótulo, caso ela não seja de origem natural, pode significar que inúmeras substâncias químicas foram misturadas para produzir aquele cheiro (e quase sempre elas não vêm especificadas no rótulo, ou seja, você não sabe quais são).
Quando digo inúmeras estou sendo até generosa: mais de 3.000 substâncias químicas podem estar escondidas atrás dessa palavra (fonte), dentre elas os ftalatos (que podem causar distúrbios endócrinos e defeitos congênitos no sistema reprodutivo de meninos), o benzyl benzoate.

Cyclopentasiloxane (D5) e Cyclotetrasiloxane (D4)

D5 e D4 são ingredientes condicionantes usados em produtos capilares, hidratantes corporais e faciais. Segundo o Environment Canada, D4 e D5 são tóxicos, persistentes, e têm o potencial de bioacumulação em organismos aquáticos (fonte). A União Europeia também classifica D4 como um disruptor endócrino, ou seja, altera o sistema hormonal. Além disso, em 2009, o governo canadense declarou essas substâncias como potencialmente tóxicas.

Disodium EDTA

Nos cosméticos, atua de diversas maneiras, uma delas é aumentando a formação de espuma em shampoos, sabonetes, mas pode ser encontrado em outros tipos de cosméticos. Estudos apontam que ele pode atuar como um agente que aumenta a penetração de outros ingredientes (que estejam presentes na fórmula do produto) na pele, além de ser fracamente mutagênico (fonte).

Tetrasodium EDTA

Nos cosméticos, atua principalmente como “quelante”, sequestra e diminui a reatividade de íons metálicos que podem estar presentes num produto, e pode ser encontrado principalmente em shampoos e sabonetes. Segundo a União Europeia, esse ingrediente pode ser tóxico para os olhos, e o Environment Canada Domestic Substance List o classificou como “esperado para ser tóxico ou nocivo”. Além disso, assim como o Disodium EDTA, o Tetrasodium EDTA aumenta a penetração de outras substâncias na pele (fonte).

Talc (talco)

Atua de diversas maneiras: absorve umidade, como agente “deslizante”, ou seja, diminui o atrito. É frequentemente usado em sombras, bases, pó facial. Segundo o EWG, o talco pode ser contaminado com amianto, o que representaria riscos de toxicidade respiratória e câncer. Estudos do National Toxicology Panel demonstraram que talcos destinados a uso cosmético e livres de amianto são uma forma de silicato de magnésio, que também pode ser tóxico e cancerígeno.
Além disso, há evidencias limitadas de que ele possa causar toxicidade no sistema respiratório se inalado. Segundo o IARC, o uso regular talco em órgãos genitais é “possivelmente cancerígeno para humanos”.

Methylisothiazolinone e Methylchloroisothiazolinone

Em cosméticos, são usados como conservantes e encontrados principalmente em shampoos, condicionadores e sabonetes líquidos. Há fortes evidências de que possam ser tóxicos e alergênicos para a pele. Outras pesquisas também apontam o methylisothiazolinone como sensibilizador. Testes em células de mamíferos o indicaram como uma possível neurotoxina (fonte). Além disso, há evidências limitadas que o methylchloroisothiazolinone possa ser mutangênico (fonte).

Ingredientes com “-methicone” ou “-ol” [nesse últimos caso, quando o composto não for um álcool, claro] no final (ex: dimethicone, cyclomethicone, dimethiconol, etc)

São agentes umectantes e condicionantes, derivados de silicone, amplamente usados em produtos capilares, primers, bases. Além de serem apontados como toxinas ambientais, ou seja, poluem o meio ambiente, vários ingredientes derivados de silicone tendem a acumular na pele e cabelos, tornando-os pesados e opacos. Quando aplicados na pele, podem obstruir os poros, interferir nos mecanismos de hidratação natural da mesma (causando ressecamento) e há a possibilidade de ocorrer reações alérgicas (fonte).
O  Environment Canada Domestic Substance List classifica o dimethicone e o cyclomethicone como “esperado para ser tóxico ou nocivo” (fonte: EWG). Quem estiver interessado em ir mais a fundo, nesse site tem uma lista de vários ingredientes derivados de silicone. Não é preciso decorar todos, é óbvio, mas os mais populares já foram citados logo acima.

Sodium Laureth Sulfate

É um “primo” do sodium lauryl sulfate – atua como agente de limpeza e costuma a ser bastante usado em shampoos, sabonetes em geral. É considerado mais polêmico que o sodium lauryl sulfate: Environment Canada Domestic Substance List aponta o ingrediente como “esperado para ser tóxico ou nocivo” e é considerado um ingrediente alergênico.
A maior preocupação acerca do Sodium Laureth Sulfate, além do surgimento de alergias (coceira no couro cabeludo, descamação do mesmo) e ressecamento, é que o ingrediente pode ser contaminado com impurezas de ethylene oxide, considerado cancerígeno e altamente tóxico, e 1,4-dioxane, também considerado cancerígeno e tóxico (fonte: EWG).

Chlorphenesin

É um conservante sintético comumente usado em hidratantes, protetores solares acima de FPS 30, produtos com proteção solar em geral, máscaras para cílios. Pode causar dermatite de contato e alergias, relaxar o músculo esquelético, deprimir o sistema nervoso central e causar depressão respiratória (respiração lenta ou superficial) em lactentes (fonte). A FDA alerta para que mulheres grávidas ou amamentando não usem cosméticos com esses ingredientes. O Cosmetic Ingredient Review (CIR) marcou o chlorphenesin como ingrediente de alta prioridade para revisão.

DMAE ou Dimethylaminoethanol

Amplamente usado em cosméticos anti-idade, hidratantes. Segundo um estudo canadense, o efeito anti-idade do DMAE se dá às custas de sua capacidade de danificar as células (fonte). Segundo o EWG, esse ingrediente pode causar alergias e toxicidade do sistema imune.

Petrolatum

Atuam como agente emoliente e umectante e é comumente usado em produtos capilares, máscara de cílios, até no Bepantol. O petrolatum (petrolato) pode ser contaminado com hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (polycyclic aromatic hydrocarbons – PAHs), que são apontados como cancerígenos (fonte).

Cetrimonium chloride

Em cosméticos, o cetrimonium chloride atua principalmente como conservante e agente de emulsão. É amplamente usado em shampoos, condicionadores, gel capilar. Há forte evidências de que o ingrediente seja tóxico ou alergênico. Além disso, é apontado como uma possível toxina ambiental (fonte).

Indico a linha de cosméticos infantis (em especial o creme dental infantil) e medicamentos da Weleda, produtos orgânicos da Cativa, Herbia, Ikove, Amazônia Preciosa ou a linha Henna não-orgânica (shampoo, condicionador e tintura de cabelo em pó) da Surya, sabonete de glicerina da Reserva Folio ou Sachi ou Sal da Terra Saboaria, maquiagem da Alva, absorventes ecológicos orgânicos ou de pano ou Mooncup ou Inciclo, fraldas ecológicas orgânicas ou de pano por serem praticamente isentos de substâncias nocivas e uso de óleos essenciais, mas sempre leia os rótulos! Compre itens da Weleda aqui. Os produtos podem ser adquiridos via Pagseguro, nas lojas: e-cosmetique, Beleza do Campo, Matriz Natural, Morada da Floresta, Cativa Natureza, Herbia e Gran Natural. Esmaltes são um problema seríssimo cheios de substâncias nocivas as melhores marcas, mais seguras segundo o EWG são importadas: Acquarella, Suncoat, Piggy Paint e poucas outras, saiba mais neste post.

Referências:



domingo, 31 de agosto de 2014

Cuidado com as Substâncias Tóxicas Presentes na sua Maquiagem e Protetor Solar!

Se você está lendo este artigo neste blog é porque se preocupa não só com a estética, mas com sua saúde. E é óbvio que você em suas andanças pela internet já leu ou recebeu informações sobre a toxicidade de alguns produtos de beleza. E é também muito provável que tenha ficado confusa com informações frequentemente desencontradas.

Vou tentar colocar ordem na casa apresentando um panorama sobre os cosméticos, e o que parece ser consenso entre os especialistas em saúde. Mas antes de tudo, mesmo os textos alarmistas, contendo alguns exageros, estão certos num aspecto: os cosméticos são uma das principais fontes de contaminação por toxinas a que as pessoas se submetem, dia após dia. Mesmo que seus produtos sejam comprados em lojas “naturais” ou tragam em seus rótulos qualquer outro título fruto do marketing verde. Aprender a se proteger pode fazer toda a diferença, até porque é sempre bom lembrar que o maior órgão do corpo humano é a pele.

Aos questionamentos sobre a segurança do uso de certas substâncias tóxicas, a indústria de higiene pessoal geralmente se defende dizendo que elas são usadas em pequenas quantidades e que não causariam problemas maiores.

Na verdade, apesar de estarem realmente em pequenas quantidades, fica cada vez mais claro que sua toxicidade ocorre por dois fatores concomitantes: uso cotidiano e efeito sinérgico. Produtos de beleza são usados de forma contínua, todos os dias, isto é: xampus, cremes, maquiagem, hidratantes etc. Isto significa que você usa em seu corpo produtos que contém toxinas em pequenas quantidades, mas que vão se acumulando progressivamente.

Seu corpo possui uma maquinaria enzimática que foi desenvolvida ao longo de milhões de anos, baseado no tipo de substâncias que entramos em contato ao longo de nossa história na Terra. Só que o desenvolvimento da indústria química atual nos faz entrar em contato com substâncias que nunca existiram antes e que não existem na natureza. Se não são adequadamente metabolizadas e eliminadas, acabam se acumulando em nosso corpo. E é esse efeito cumulativo que traz riscos potenciais.

A outra questão envolvida é que a máxima de que “o todo é maior do que a soma das partes” cabe bem aqui. O corpo pode até conseguir lidar com pequenas quantidades de uma toxina, mas um produto de beleza contém muitas “pequenas quantidades” juntas. E uma acaba por potencializar o efeito tóxico da outra, daí o efeito sinérgico.

Imaginem uma criança que pinta as unhas ou usa maquiagem: com que idade ela começa a usar produtos de maquiagem e beleza? 14, 15, 18, 20? Não importa quando comece, mas agora pense comigo: quando ela irá parar de usar estes produtos? 60, 70, 80, 90? É uma vida inteira acumulando “pequenas” quantidades de inúmeros produtos químicos.

Esta é a razão principal deste artigo: alertá-la para que possa se defender e minimizar a exposição às toxinas e outras substâncias.Muitas das toxinas encontradas em nosso sangue foram absorvidas do meio ambiente; consequentemente, muitas vezes somos os responsáveis por este autoenvenenamento.

A maior parte dos produtos de beleza, maquiagem, perfumes, cremes (sem contar os para lavar as roupas, limpar a casa e até mesmo aquele cheirinho de carro novo) possuem substâncias químicas que rompem o balanço hormonal e afetam negativamente o sistema endócrino.

Estas substâncias recebem o nome de disruptores endócrinos, disruptores ambientais ou xeno-hormônios. O radical “xeno” quer dizer “estranho". Elas podem se acumular no organismo, levando ao desequilíbrio hormonal.

A grande maioria destes pseudo-hormônios possui ação semelhante ao estrogênio, o hormônio feminino produzido principalmente, pelos ovários. Por isso não é difícil encontrar uma correlação entre o uso de cosméticos e o desequilíbrio hormonal que encontro hoje em mulheres antes dos 40 anos. A maioria está num quadro que o John Lee, o maior estudioso de hormônios femininos chama de dominância estrogênica.

No livro, Ecologia Celular, o seguinte assunto é retratado: “O ideal seria controlar a indústria química, algo que está sendo tentado na Europa, onde tramita no Parlamento Europeu o projeto de lei REACH (siglas em inglês de Registro, Avaliação e Autorização de Químicos). É uma questão sensível já que 86% dos 2.500 produtos químicos mais usados carecem de informação pública sobre sua segurança. A própria Agência Europeia do Meio Ambiente reconheceu, em 1998, que "a exposição generalizada em baixas doses de substâncias químicas pode causar danos, possivelmente irreversíveis, especialmente a grupos vulneráveis como crianças e mulheres grávidas".

A realidade é que não devemos aguardar uma ação política em grande escala. Esses agentes químicos encontram-se ao nosso redor, na nossa alimentação, na água, no ar e nos produtos industrializados, e a nossa única opção é decidirmos por nossa própria conta, como consumidores esclarecidos.

Hoje, cerca de 80.000 produtos químicos estão em uso comercial e a cada 20 minutos a indústria coloca mais um no mercado. Por isso, alguns indivíduos contêm mais de 500 destas substâncias em seus próprios corpos.

O The Mount Sinai School of Medicine, de Nova Iorque, testou o sangue e a urina de alguns voluntários e encontrou:

  • 167 componentes químicos industriais, numa média de 91 componentes por pessoa, sendo que dos 167 componentes químicos:
  • 76 são reconhecidamente causadores de câncer em humanos,
  • 94 são tóxicos ao cérebro e ao sistema nervoso,
  • 82 afetam a respiração e os pulmões,
  • 86 afetam o sistema hormonal e,
  • 79 provocam defeitos congênitos e/ou distúrbios no desenvolvimento da criança.
Outros pesquisadores vão pelo mesmo caminho: Margareth Schlumpf e suas colegas do Instituto de Farmacologia e Toxicologia da Universidade de Zürich, Suíça, detectaram de que muitos dos produtos químicos largamente utilizados em cosméticos, mimetizam os efeitos dos estrogênios e alavancam anormalidades comportamentais em ratos.

Testaram seis produtos químicos comuns utilizados em filtros solares, batons e cosméticos faciais. Cinco dos seis testados – benzofenona-3 (BP3); homosalato; 4-metil-benzilideno-cânfora (4-MBC); octil-metoxicinamato e octil-dimetil-PABA – comportaram-se como estrogênios fortes em testes de laboratório, estimulando as células cancerígenas a crescerem mais rapidamente.

Somente um dos produtos químicos, denominado butil-metoxidibenzoilmetano (B-MDM), mostrou-se não ativo. Um produto químico muito comum em filtros solares, o 4-MBC, apresentou forte correlação com mioma uterino e endometriose, quando misturado com óleo de oliva e aplicado na pele de ratos. "Foi assustador porque utilizamos concentrações presentes na média dos filtros solares", disse Schlumpf. Por tudo isso precisamos começar a nos conscientizar sobre os riscos de aplicar estas substâncias no nosso corpo! Mais um artigo sobre os riscos do uso do protetor solar aqui.


Maquiagens e cosméticos orgânicos e a verificação dos rótulos destes com o auxílio deste post mais abrangente Substâncias Nocivas à Saúde Presentes em Cosméticos, Alimentos e Medicamentos e desta lista dos 350 aditivos alimentares e de cosméticos classificados por seu uso seguro, com cautela ou evitado postada aqui no site são uma alternativa viável.
Conheça também Lista de Cosméticos sem Substâncias Químicas Nocivas aqui.



Seguem links de compra da maquiagem orgânica em lojas confiáveis:
Referência:

http://www.ecologiamedica.net/2011/10/o-perigo-dos-produtos-de-beleza.html