Parecem azeites, mas não são: fuja destas marcas
25/12/2013 - Atualizado em 23/08/2016.
Na análise anterior, realizada em 2013, as marcas testadas foram: Olivas do Sul; Carrefour; Cardeal; Cocinero; Andorinha; La Violetera; Vila Flor; La Espanhola; Carbonell; Serrata; Beirão; Qualitá; Gallo; Pramesa; Borges; Tradição; Quinta da Aldeia; Figueira da Foz e Vila Real.
Dentre as marcas testadas haviam sido consideradas extravirgem: (Olivas do Sul; Carrefour; Cardeal; Cocinero; Andorinha; La Violetera; Vila Flor; Qualitá); virgens: (La Espanhola; Carbonell; Serrata; Beirão; Gallo; Pramesa; Borges); e mistura de óleos refinados: (Tradição; Quinta da Aldeia; Figueira da Foz e Vila Real).
Na análise mais recente de 23 agosto 2016, a Proteste Associação de Consumidores, testou vinte marcas de azeite, constatando que quatro estão adicionadas de outros óleos vegetais e sete não são o que dizem ser. Essa é a conclusão do mais recente teste desse alimento, que continua a revelar problemas para o consumidor.
Os produtos que NÃO podem ser considerados azeites são Pramesa, Figueira da Foz, Tradição e Quinta d’Aldeia. Eles foram eliminados do teste após a análise em laboratório comprovar adulteração.
Infelizmente, esse não foi o único problema encontrado. Pois além disso, sete marcas NÃO podem ser classificadas como extravirgem. São elas: Qualitá, Beirão, Carrefour Discount, Filippo Berio, Figueira da Foz, Tradição e Quinta d'Aldeia.
Extravirgens? Só no rótulo.
Com exceção dos eliminados, todos os produtos foram bem ou muito bem avaliados no quesito estado de conservação, o que indica que eles vêm sendo armazenados corretamente.
Quais são os tipos de azeite?
- O azeite de oliva extravirgem é obtido de uma única prensagem a frio da azeitona madura, por isso ele é o mais puro e sua acidez é de no máximo 0,8% (os melhores estão entre 0,4 e 0,5%). Após a prensagem, ele é filtrado, conservando um sabor acentuado. São produtos de alta qualidade gastronômica e no dia a dia são utilizados para finalização de pratos ou saladas.
- O azeite de oliva virgem é extraído na segunda ou terceira prensagem da azeitona. Sua acidez pode ser de até 2% e o seu sabor é menos acentuado em relação ao extra virgem e um pouco mais adocicado. Na sua comercialização podem ser denominados “fino”. Seu principal uso é o culinário.
- Azeites que superam o grau de acidez de 2% ou que por problemas climáticos ou de processo apresentam defeitos sensoriais são destinados ao refino, resultando em um produto com acidez não superior a 0,3%. O azeite refinado não é vendido aos consumidores e destina-se exclusivamente a utilização industrial, ou seja, são misturados com outros azeites de oliva.
A alteração sensorial pode não ser percebida pelo consumidor leigo, é que, em algumas situações, o óleo de sementes bem refinado não tem cheiro ou sabor. Assim, quando misturado ao extravirgem, prevalecem o cheiro e o sabor do segundo, o que impede o óleo de ser detectado facilmente durante o consumo.
Cinco marcas mudaram para melhor
Frente a tantos problemas, uma excelente notícia: percebemos a melhora de algumas marcas. No último teste, La Española, Carbonell, Serrata, Gallo e Borges foram tidos como virgens. Desta vez, contudo, eles provaram ser extravirgens.
Rótulos e embalagens podem melhorar
Embora de vidro, a embalagem do Qualitá é transparente. Esse tipo de recipiente é inadequado. Para melhor conservação do produto, o ideal é que ele seja armazenado em embalagem preferencialmente de vidro escuro. Vale lembrar que, além desse problema, esse azeite foi apontado como virgem em nossa análise sensorial. Por isso, não aconselhamos sua compra.
No geral, os produtos se saíram bem em relação aos rótulos. No entanto, foram encontrados alguns problemas. A maioria deles não traz o prazo de conservação após a abertura da embalagem e alguns pecam quando o assunto é estreitar e facilitar a interação entre o consumidor e a empresa: falta e-mail e telefone para contato. Além disso, alguns itens obrigatórios por lei foram desconsiderados: o Cocinero deixa de informar a data de envase e nem todos os importados possuem o país de origem estampado na embalagem.
Qual é o melhor azeite?
O Cocinero foi escolhido como O Melhor do Teste e A Escolha Certa. Autêntico azeite extravirgem, apresentou qualidade excelente, além do melhor custo-benefício entre os produtos avaliados no teste.
Porém, embora não tenha pecado no quesito estado de conservação, o fato de sua embalagem ser de plástico pode ser apontado como ponto negativo, pois garrafas de vidro escuro tendem a conservar melhor o alimento. O rótulo precisa de adequações, uma vez que não informa a data de envase do produto.
Você pode encontrar o azeite Cocinero por preços que variam entre R$ 10,15 e R$ 21,49.
OBS minha, Sílen: Os azeites devem estar em garrafa de vidro escuro, pois eles oxidam em contato com a luz, as latas liberam metais pesados, além de serem revestidas com bisfenol-A (BPA) e embalagens de plástico podem liberar xenoestrógenos.
Utilizo azeites extravirgens em garrafa de vidro escuro como o O-live, Andorinha ou Andorinha Orgânico ou La Violetera.
Fontes:
http://www.proteste.org.br/azeite?utm_source=facebook&utm_medium=post&utm_campaign=azeite-fb#dialog
http://jornalggn.com.br/blog/proteste-associacao-de-consumidores/teste-de-azeite-de-oliva-pior-resultado-entre-os-quatro-ja-realizados-pela-proteste
http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=862&categoria=30