05/06/15 e atualizado em 10/05/19.
Para quem ouve falar pela primeira vez da técnica, a auto-hemoterapia até parece coisa de outro mundo. Trata-se da retirada de uma pequena quantidade de sangue e a injeção do líquido de volta para o corpo por meio do tecido muscular, nas nádegas ou nos braços. No entanto, o procedimento, que motiva depoimentos entusiasmados na internet, obedece uma lógica simples. Segundo seus defensores, ela consegue aumentar o número de macrófagos, as células da linha de frente do sistema imunológico. O reforço na defesa do organismo complementaria o tratamento para diferentes condições de saúde. A explicação é sustentada por estudos científicos. Porém, segundo as instituições brasileiras de segurança em saúde, faltam comprovações científicas do tratamento, que não tem reconhecimento formal como terapia médica.
Algumas pesquisas afirmam que a auto-hemoterapia surgiu há mais de 2.500 anos, na China. Massagens fortes beliscavam a pele, causando rupturas em pequenos vasos e estimulando as defesas do local a ser tratado.
Uma rápida pesquisa na base de dados científicos dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (PubMed – National Library or Medicine) mostra um conjunto de publicações sobre o tema. Uma delas, divulgada no verão de 1997 no Journal of Alternative and Complementary Medicine, mostra o uso de auto-hemoterapia para o tratamento de infecções por herpes. Vinte e cinco pacientes com o vírus receberam uma transfusão de 10 ml de sangue autólogo nos glúteos. A resposta favorável de 100% ocorreu em 20 pacientes submetidos à técnica no prazo de sete semanas do início dos sinais clínicos e de outro que a recebeu em um intervalo de nove semanas. “Não ocorreram sinais ou sintomas adversos do tratamento. A terapêutica foi demonstrada como eficaz na eliminação de sequelas clínicas nesses casos de infecções de herpes e esses resultados justificam investigação clínica mais rigorosa”, conclui o trabalho liderado por J. H. Olwin, do Centro Médico de St. Luke, em Chicago.
Segundo Ida Zaslavsky, autora do livro Auto-hemoterapia: um bom passo maior que a perna, uma pessoa com herpes passa por um ciclo viral que só ocorre quando a imunidade está baixa. “Aumentando a imunidade, ela tem um recurso maior para combater o agente infeccioso...”, explica Ida, graduada em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
De acordo com ela, não há contraindicação. “É o sangue da própria pessoa, não são injetados nenhuma química, nenhum outro organismo. Ao receber a informação de que entrou algo estranho (o sangue do próprio paciente) no músculo, o corpo dispara um estado de alerta para a imunidade. As células de defesa se multiplicam, se quadriplicam.” Ela lembra que o primeiro trabalho nacional sobre o assunto foi publicado em março de 1940 pelo cirurgião Jessé Teixeira, na revista Brasil-Cirúrgico, da Sociedade Médico-Cirúrgica do Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Shakman conta que a terapia já foi reconhecida como um procedimento médico legítimo, mas caiu em desuso, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com o avanço da indústria farmacêutica, que, na opinião do médico, teria interesse em manter a metodologia sem reconhecimento legal, uma vez que ela tem custo mínimo.
Dr. Luiz Moura defende que a auto-hemoterapia é um recurso terapêutico de baixo custo, simples, que se resume em retirar sangue de uma veia e aplicar no músculo do mesmo paciente.
Os produtos da degradação eritrocitária (das hemácias) do sangue injetado no músculo, produziriam alguns estímulos inespecíficos para que o organismo ativasse o sistema imunológico, potencializando a sua ação através da ativação do Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF) composto basicamente por baço, linfonodos, timo e medula óssea e responsável pela imunidade celular do organismo. Alguns estudos sugerem um aumento no número de células chamadas de macrófagos em até quatro vezes, como resposta a terapêutica. Macrófagos são células responsáveis pela limpeza do organismo através da fagocitose(captura) e digestão de células estranhas ao organismo e também pela apresentação dos antígenos da partícula fagocitada ao restante do sistema imune. O aumento desta imunidade inespecífica é sempre muito bem vindo quando tratamos de doenças de fundo alérgico, parasitário, infecciosas, neoplásicas, degenerativas e autoimunes, seja no início das patologias, na evolução, no controle ou na cura delas.
A técnica consiste na retirada de sangue de uma veia do braço, comumente da prega do cotovelo, na quantidade de 5 mL a 20 mL, na dependência da gravidade da doença a ser tratada, aplicando, então, por via intramuscular, no braço ou região glútea. Este procedimento eleva o número de macrófagos durante cerca de 7 dias, passando de 5% a 22% em 8 horas, assim permanecendo por cinco dias, e declinando nos 2 dias seguintes para valores normais. A taxa normal ocorre quando não mais existe sangue no músculo.
Em uma pesquisa realizada em busca de pessoas que disseram terem sido curadas ou terem apresentado melhora através da terapia e as mais citadas foram:
Nestes sites 1, 2 e 3 podem ser visualizados diversos relatos de cura ou melhora com a auto-hemoterapia.
Se quiserem procurar por uma doença específica é só pressionar ao mesmo tempo as teclas do computador Ctrl+F, digitar a doença e pressionar enter (mais de uma vez) para encontrar os resultados.
Acesse uma lista de terapeutas que aplicam auto-hemoterapia aqui e aqui.
Observações minhas, Sílen:
Referências:
https://www.youtube.com/watch?v=aNfO69KZcGw
Para quem ouve falar pela primeira vez da técnica, a auto-hemoterapia até parece coisa de outro mundo. Trata-se da retirada de uma pequena quantidade de sangue e a injeção do líquido de volta para o corpo por meio do tecido muscular, nas nádegas ou nos braços. No entanto, o procedimento, que motiva depoimentos entusiasmados na internet, obedece uma lógica simples. Segundo seus defensores, ela consegue aumentar o número de macrófagos, as células da linha de frente do sistema imunológico. O reforço na defesa do organismo complementaria o tratamento para diferentes condições de saúde. A explicação é sustentada por estudos científicos. Porém, segundo as instituições brasileiras de segurança em saúde, faltam comprovações científicas do tratamento, que não tem reconhecimento formal como terapia médica.
Algumas pesquisas afirmam que a auto-hemoterapia surgiu há mais de 2.500 anos, na China. Massagens fortes beliscavam a pele, causando rupturas em pequenos vasos e estimulando as defesas do local a ser tratado.
Uma rápida pesquisa na base de dados científicos dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (PubMed – National Library or Medicine) mostra um conjunto de publicações sobre o tema. Uma delas, divulgada no verão de 1997 no Journal of Alternative and Complementary Medicine, mostra o uso de auto-hemoterapia para o tratamento de infecções por herpes. Vinte e cinco pacientes com o vírus receberam uma transfusão de 10 ml de sangue autólogo nos glúteos. A resposta favorável de 100% ocorreu em 20 pacientes submetidos à técnica no prazo de sete semanas do início dos sinais clínicos e de outro que a recebeu em um intervalo de nove semanas. “Não ocorreram sinais ou sintomas adversos do tratamento. A terapêutica foi demonstrada como eficaz na eliminação de sequelas clínicas nesses casos de infecções de herpes e esses resultados justificam investigação clínica mais rigorosa”, conclui o trabalho liderado por J. H. Olwin, do Centro Médico de St. Luke, em Chicago.
Segundo Ida Zaslavsky, autora do livro Auto-hemoterapia: um bom passo maior que a perna, uma pessoa com herpes passa por um ciclo viral que só ocorre quando a imunidade está baixa. “Aumentando a imunidade, ela tem um recurso maior para combater o agente infeccioso...”, explica Ida, graduada em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
De acordo com ela, não há contraindicação. “É o sangue da própria pessoa, não são injetados nenhuma química, nenhum outro organismo. Ao receber a informação de que entrou algo estranho (o sangue do próprio paciente) no músculo, o corpo dispara um estado de alerta para a imunidade. As células de defesa se multiplicam, se quadriplicam.” Ela lembra que o primeiro trabalho nacional sobre o assunto foi publicado em março de 1940 pelo cirurgião Jessé Teixeira, na revista Brasil-Cirúrgico, da Sociedade Médico-Cirúrgica do Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Shakman conta que a terapia já foi reconhecida como um procedimento médico legítimo, mas caiu em desuso, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com o avanço da indústria farmacêutica, que, na opinião do médico, teria interesse em manter a metodologia sem reconhecimento legal, uma vez que ela tem custo mínimo.
Dr. Luiz Moura defende que a auto-hemoterapia é um recurso terapêutico de baixo custo, simples, que se resume em retirar sangue de uma veia e aplicar no músculo do mesmo paciente.
Os produtos da degradação eritrocitária (das hemácias) do sangue injetado no músculo, produziriam alguns estímulos inespecíficos para que o organismo ativasse o sistema imunológico, potencializando a sua ação através da ativação do Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF) composto basicamente por baço, linfonodos, timo e medula óssea e responsável pela imunidade celular do organismo. Alguns estudos sugerem um aumento no número de células chamadas de macrófagos em até quatro vezes, como resposta a terapêutica. Macrófagos são células responsáveis pela limpeza do organismo através da fagocitose(captura) e digestão de células estranhas ao organismo e também pela apresentação dos antígenos da partícula fagocitada ao restante do sistema imune. O aumento desta imunidade inespecífica é sempre muito bem vindo quando tratamos de doenças de fundo alérgico, parasitário, infecciosas, neoplásicas, degenerativas e autoimunes, seja no início das patologias, na evolução, no controle ou na cura delas.
A técnica consiste na retirada de sangue de uma veia do braço, comumente da prega do cotovelo, na quantidade de 5 mL a 20 mL, na dependência da gravidade da doença a ser tratada, aplicando, então, por via intramuscular, no braço ou região glútea. Este procedimento eleva o número de macrófagos durante cerca de 7 dias, passando de 5% a 22% em 8 horas, assim permanecendo por cinco dias, e declinando nos 2 dias seguintes para valores normais. A taxa normal ocorre quando não mais existe sangue no músculo.
Em uma pesquisa realizada em busca de pessoas que disseram terem sido curadas ou terem apresentado melhora através da terapia e as mais citadas foram:
- Acne
- Asma, Rinite, Bronquite e Alergias
- Psoríase
- Doença de Crohn
- Lupus
- Artrite Reumatoide
- Cistos
- Hipertensão
- Hepatite C
- Acidente Vascular Cerebral (AVC)
- Poliomiosite
- Escaras
- Depressão
- Amigdalite
- Febre Reumática
- Gota
- Disritmia e Convulsões (Epilepsia)
- Dores e Processos Inflamatórios
- Herpes
- Distúrbios Circulatórios e Processos Inflamatórios
- Úlceras de Cólon
- Diabetes
- Glaucoma
Nestes sites 1, 2 e 3 podem ser visualizados diversos relatos de cura ou melhora com a auto-hemoterapia.
Se quiserem procurar por uma doença específica é só pressionar ao mesmo tempo as teclas do computador Ctrl+F, digitar a doença e pressionar enter (mais de uma vez) para encontrar os resultados.
Acesse uma lista de terapeutas que aplicam auto-hemoterapia aqui e aqui.
Observações minhas, Sílen:
- Minha mãe tem artrite e problema circulatório e realiza a auto-hemoterapia (AHT) com 10 ml de sangue 1 vez por semana, e desde então, teve uma melhora significativa na circulação das extremidades (pés e mãos), a artrite dos dedos das mãos estacionou e raramente fica doente. Ela também não toma a nociva e ineficaz vacina da gripe e tem 64 anos de idade e raramente fica gripada.
- A AHT pode ser realizada por um enfermeiro.
- Para viabilizar a visualização de veias difíceis, pode-se utilizar uma lanterna com luz de LED sobre as mesmas.
A auto-hemoterapia menor também pode ser ozonizada maior ou menor.
Referências:
https://www.youtube.com/watch?v=aNfO69KZcGw